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Oriente Médio

Palestinos esperam que 24 países os reconheçam até setembro

28 jun 2011 - 15h34
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O responsável de Relações Exteriores do Fatah, Nabil Shaath, disse nesta terça-feira que que acredita que 24 novos países os reconheçam antes de setembro deste ano, quando devem levar à Assembleia Geral das Nações Unidas uma proposta para o reconhecimento do Estado palestino.

Em entrevista coletiva em Ramala, Shaath afirmou que haverá alguma surpresa nos próximos dias nesse sentido e destacou que nos últimos meses o maior êxito para sua proposta do Estado palestino foi conseguido na América Latina, onde o Brasil, segundo ele, desempenhou um papel importante.

"Contamos com mais respaldo, com um significativo apoio na América Latina", disse o negociador, que se negou a detalhar que novos países poderiam se somar ao reconhecimento palestino no subcontinente.

O porta-voz palestino afirmou que levarão sua proposta às Nações Unidas para poder ser membros de pleno direito da ONU e negou que pedir para a Assembleia se pronunciar seja um ato de guerra, como consideraram alguns membros do Governo israelense.

"Nossa proposta não é só um gesto simbólico, eles sabem que, se formos um membro pleno da ONU, teremos mais possibilidades de ajuda internacional e seremos muito mais capazes de negociar", declarou.

Shaath ainda destacou que após 20 anos de negociação sob ocupação, "não existe um instrumento não violento com mais potencial que a ONU para poder conseguir pressão política real e sair do status quo atual".

"O que há hoje é um processo de paz fictício. Israel não quer a paz, não aceita voltar às fronteiras de 1967, nem o regresso dos refugiados, nem a negociação sobre Jerusalém Oriental", declarou.

Além disso, o porta-voz disse que os dois países que rejeitam que os palestinos declarem unilateralmente um estado próprio, Israel e Estados Unidos, fazem isso unilateralmente.

"Podemos negociar sobre fronteiras, território e muitas outras questões, mas não nosso direito como povo. Ninguém pode pedir-nos para negociar o direito de autodeterminação", finalizou.

EFE   
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