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Oriente Médio

Palestinos vão à Justiça por terras confiscadas por Israel

Exército israelense decidiu confiscar terras da aldeia a sudeste de Jerusalém

11 mai 2015 - 16h30
(atualizado às 16h52)
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Manifestante palestino discute com soldados israelenses durante protesto contra assentamentos judaicos perto de Ramallah, na Cisjordânia, no início de dezembro
Manifestante palestino discute com soldados israelenses durante protesto contra assentamentos judaicos perto de Ramallah, na Cisjordânia, no início de dezembro
Foto: Mohamad Torokman / Reuters

Palestinos do vilarejo de Anata, na Cisjordânia ocupada, apresentaram nesta segunda-feira um recurso no Supremo Tribunal de Israel para recuperar terras confiscadas há 40 anos, segundo a ONG israelense Yesh Din.

Os palestinos exigem que Israel cancele a ordem de confisco de terras emitida há 40 anos pelo exército daquele país.

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De acordo com o recurso, o exército israelense decidiu confiscar terras da aldeia, a fim de construir o assentamento de Maale Adumi, a sudeste de Jerusalém.

Parte das terras foi realmente utilizada para a construção de casas da colônia, fundada em 1975, mas outras permaneceram intocadas e proibidas aos antigos proprietários.

De acordo com um comunicado da Yesh Din, que apresentou o recurso ao Supremo Tribunal de Justiça, "os proprietários legais dessas terras devem ser autorizados a usá-las".

Palestinos vivem desespero em campo atacado por EI:

A ONG se baseia em um precedente legal, quando este mesmo tribunal decretou que uma terra que tenha sido confiscada para fins públicos e não tenha sido utilizada neste sentido deve retornar a seus proprietários legais.

"É inaceitável que uma terra palestina confiscada e não utilizada para os fins do alegado confisco seja anexada a uma colônia ilegal", declarou um advogado da Yesh Din, Zachary Shlomy.

A comunidade internacional considera ilegal a colonização, a construção de habitações civis em terras ocupadas e anexadas por Israel a partir de 1967. Ela é um dos principais obstáculos para a busca de um acordo de paz entre israelenses e palestinos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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