Palestino morto pela polícia israelense é enterrado
Jovem de 21 anos foi morto pela polícia israelense após atropelar seis pessoas e matar um bebê; tensão em Jerusalém Oriental
Jerusalém Oriental permanece sob tensão neste sábado após a madrugada de sexta-feira, em que confrontos entre jovens palestinos e policiais israelenses deixaram um palestino morto. Neste sábado, acontece o funeral do palestino - que teria atropelado um grupo de pessoas antes de ser morto.
Pela terceira noite consecutiva foram registrados incidentes em Jerusalém Oriental, o território palestino anexado e ocupado por Israel.
Em vários bairros, a polícia disparou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, ferindo trinta palestinos, segundo a agência de notícias Wafa. Ao menos quatro palestinos foram detidos nos distúrbios, de acordo com a polícia israelense.
Às 22h (17h de Brasília) deste sábado está previsto o enterro de Abdelrahman Shalodi na presença de 80 pessoas no máximo e sob forte esquema de segurança, segundo decisão de um tribunal israelense.
Shalodi, de 21 anos, foi morto após atropelar intencionalmente várias pessoas em Jerusalém, ferindo seis israelenses e matando um bebê de três meses.
Outro caso
Na sexta-feira, Orwa Hammad, um adolescente palestino-americano de 14 anos foi morto por militares israelenses na Cisjordânia ocupada. Sua família esperá a chegada de seu pai, que mora nos Estados Unidos, para realizar o funeral.
O exército israelense assegurou neste sábado que o menor de 14 anos que morreu na sexta-feira com um disparo na cabeça estava lançando um coquetel molotov contra carros que atravessavam uma estrada que leva a uma colônia judaica na Cisjordânia.
Segundo o escritório de informação militar, uma patrulha que passava pela área observou como Arwa Abdel Wahhab, de nacionalidade americana, segundo o Departamento de Estado americano, lançava uma garrafa contra a estrada perto da cidade palestina de Silwad, ao norte de Ramala.
"Os soldados abriram fogo por considerar que a vida dos motoristas estava em risco", explicou o exército segundo informa hoje a imprensa local.
Com Arwa Abdel Wahhab, são já 43 os palestinos mortos por disparos das forças israelenses desde o começo deste ano.