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Oriente Médio

Palestino morre e outro fica ferido em mais um ataque contra israelenses

22 out 2015 - 06h41
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Um palestino morreu e outro ficou ferido nesta quinta-feira por disparos da polícia israelense, que os acusa de terem atacado um civil israelense em uma rua do centro da cidade de Bet Shemesh, a 30 quilômetros de Jerusalém.

"Há um cidadão judeu de 25 anos" que foi levado para um hospital próximo para receber atendimento médico, enquanto os dois supostos agressores "foram neutralizados", disse a porta-voz da polícia, Luba Samri.

As mesmas fontes informaram mais tarde que um dos dois supostos agressores morreu por causa de seus ferimentos no hospital onde foi internado.

Os dois homens são suspeitos de terem tentado entrar em um ônibus nas imediações de uma sinagoga na rua do profeta Ezequiel, no bairro ortodoxo de Ramat Bet Shemesh, para cometerem um ataque.

Segundo a polícia, os passageiros do veículo "repeliram" os supostos agressores e os expulsaram do ônibus.

"A polícia chegou ao local e flagrou os dois terroristas quando atacavam um homem com uma faca. Os agentes reagiram com precisão e neutralizaram os agressores", explicou a porta-voz em comunicado.

As forças de segurança identificaram os agressores como dois palestinos procedentes da cidade de Surif, dentro da Cisjordânia e próxima a Hebron.

Trata-se do primeiro incidente do dia depois do último ocorrido pouco antes da meia-noite, também em um ônibus, quando um suspeito foi baleado.

Em princípio, se pensou que o suspeito era um palestino. Porém, mais tarde a polícia confirmou que o mesmo portava identificação israelense.

"O caso de ontem em Romema (bairro ortodoxo de Jerusalém), que em um princípio presumimos como um atentado, está sob investigação. Efetivamente se trata de um cidadão judeu", confirmou à Agência Efe a porta-voz policial.

Outro porta-voz da corporação assinalou que "de acordo com seu cartão de identidade, é judeu", mas que "o documento ainda está sendo analisado" para certificar que seu titular era a pessoa que o portava.

O homem, cuja identidade ainda se desconhece, morreu após entrar em confronto com dois soldados que subiram em um ônibus para revistar o veículo e passageiros, dentro das novas medidas de vigilância impostas pelo governo israelense por causa da onda de violência na região.

Segundo a versão policial, o indivíduo estava descendo do ônibus e suspeitou dos dois soldados armados, exigindo que ambos se identificassem.

Os dois militares, que exerciam funções policiais, se recusaram e pediram que ele mostrasse seu cartão de identidade. Porém, o indivíduo tentou pegar a arma de um deles e acabou alvejado pelo outro, de acordo com testemunhas citadas pela imprensa local e com a polícia.

A morte do civil por agentes de segurança, em um caso de aparente erro ou uso excessivo da força, se soma à de um emigrante da Eritreia no domingo, durante um tiroteio na estação de ônibus de Be'er Sheva, depois que o mesmo foi confundido com um agressor.

Em um incidente que abriu um debate na sociedade israelense, o emigrante foi baleado por dois agentes de segurança, um privado e outro da polícia e, quando ainda estava ferido no chão, foi brutalmente agredido por outros passageiros.

Os resultados da autópsia divulgados ontem indicam que o eritreu já estava morto quando foi linchado.

EFE   
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