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Oriente Médio

Pai de jovem paquistanesa baleada pelo Talibã agradece apoio

9 nov 2012 - 17h57
(atualizado às 18h22)
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Ziauddin Yousafzai, pai de Malala, a jovem paquistanesa que foi atacada pelo Talibã por lutar pelos direitos das mulheres, agradeceu o apoio à filha. Em um vídeo enviado ao The Guardian, Ziauddin agradece a todos que condenam a tentativa de assassinato e rezam por sua saúde. Ele também saúda todos que, assim como sua filha, apoiam a causa da paz, da educação, da liberdade de pensamento de expressão.

Imagem de reprodução mostra pai de Malala em vídeo de agradecimento
Imagem de reprodução mostra pai de Malala em vídeo de agradecimento
Foto: Guardian / Reprodução

"Malala está se recuperando bem, e pede que eu os conte como ela se sente inspirada e tocada pelos milhares de cartões, mensagens e presente que ela recebeu" afirmou Ziauddin. "Ela quer que eu os conte como ela se sente grata", completou.

Ziauddin afirma que Malala e outras ativistas dos direitos humanos devem ser ouvidas, para que as próximas gerações tenham direitos básicos e que a luta de milhares e homens e mulheres nos últimos anos não tenha sido em vão. "Não podemos comprometer o futuro e prosperidade das próximas gerações".

O pai de Malala completa reafirmando a importância da educação, falando de um mundo interconectado e interdependente, onde "a educação é um direito, e não um privilégio".

Malala é conhecida no exterior por seu blog, hospedado no site da BBC, no qual denuncia os atos de violência cometidos pelos talibãs no Vale de Swat, onde chegaram a tomar o poder entre 2007 a 2009. No ano passado, a adolescente recebeu o primeiro Prêmio Nacional da Paz criado pelo governo paquistanês e foi indicada ao prêmio internacional de Crianças para a Paz da fundação Kids Rights.

Malala foi ferida por tiros no dia 9 de outubro, em Mingora, a principal cidade do Vale de Swat (noroeste do Paquistão), por homens armados que pararam o ônibus escolar em que ela estava como punição por defender os direitos das mulheres à educação, em um ataque que revoltou o mundo.

O Talibã reivindicou a autoria do atentado contra Malala, mas tentou se justificar pelo ato condenado de forma unânime pelos Estados Unidos, França, organizações dos Direitos Humanos, governo e imprensa paquistaneses. "Malala foi alvo por seu papel pioneiro na defesa da laicidade e da chamada moderação", escreveu em um e-mail enviado à AFP um porta-voz talibã.

Malala atualmente passa por tratamento médico no Reino Unido, depois de ter sido encaminhada para o Hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, no centro da Inglaterra.

Fonte: Terra
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