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Oriente Médio

Otan condena Coreia do Norte e fala da Síria e Afeganistão

23 abr 2013 - 10h52
(atualizado às 11h10)
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O novo secretário americano de Estado, John Kerry, participou nesta terça-feira, em Bruxelas, de sua primeira reunião com ministros das Relações Exteriores da Otan, na qual a Aliança condenou o programa nuclear da Coreia do Norte, e reafirmou sua atitude vigilante em relação à Síria e ao futuro do Afeganistão.

"Os ministros das Relações Exteriores da Otan condenam com a maior força os programas de mísseis balísticos e de armas nucleares que a Coreia do Norte não para de desenvolver, assim como seus recentes discursos virulentos e ameaçadores", indicou um comunicado publicado após uma sessão de trabalho dos ministros na sede da Otan em Bruxelas.

Anteriormente, em sua chegada a esta sede com alguns minutos de atraso, Kerry ainda não havia feito nenhuma declaração.

"Esta reunião é a ocasião para prosseguir com o diálogo transatlântico sobre uma ampla gama de temas que a Otan precisará enfrentar em 2014 e depois: a permanente tempestade no Oriente Médio e no norte da África, o Afeganistão e a evolução da situação na península coreana", declarou o secretário geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen.

Rasmussen vai se reunir com o presidente afegão, Hamid Karzai, convidado por John Kerry para participar na quarta-feira, em Bruxelas, de uma reunião trilateral Estados Unidos-Afeganistão-Paquistão com o chefe do exército paquistanês, Ashfaq Kayani.

Karzai, por sua vez, não deve participar dos debates dos ministros das Relações Exteriores da Otan, que examinarão primeiro entre seus 28 membros e depois com a Rússia e os outros países que participam da Isaf a situação afegã, num momento em que a maior parte das tropas estrangeiras se prepara para deixar o país no fim de 2014.

"Espero que aprovemos esforços para financiar de forma apropriada as forças afegãs a partir de 2014", explicou Rasmussen.

Em relação à Síria, embora a Aliança tenha reiterado que não tem a intenção de intervir diretamente neste país, pode-se constatar que a situação piorou, segundo Rasmussen.

"Não podemos negar o risco de um contágio regional, com possíveis implicações para a segurança dos aliados", acrescentou o chefe da Otan.

"A Otan forneceu seu apoio à Turquia (único membro da Otan fronteiriço com a Síria) com a rápida mobilização de mísseis Patriot, mas devemos manter nossa vigilância", disse Rasmussen.

Em relação à Coreia do Norte, Rasmussen já havia prometido antes da reunião que os aliados debaterão suas provocações e ameaças.

Após a sessão de trabalho, o comunicado dos 28 membros da Otan denunciou estes atos provocantes da Coreia do Norte, classificando-os de "violação direta das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

"A Coreia do Norte deve abandonar todas as suas armas nucleares e todos os seus programas nucleares e balísticos existentes, de maneira completa, verificável e irreversível, e deve se encaminhar a negociações sérias e autênticas visando a desnuclearização", afirma a Aliança neste comunicado.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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