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Oriente Médio

Opositores acusam regime sírio de 'liquidar' jornalistas

12 jan 2012 - 16h10
(atualizado às 16h19)
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O Conselho Nacional Sírio (CNS) acusou nesta quinta-feira o regime de Bashar al-Assad de "liquidar" jornalistas para esconder o que está ocorrendo no país, após a morte de um jornalista francês na quarta-feira.

Jacquier é socorrido por colegas e médicos em Nablus após ficar gravemente ferido enquanto cobria o confronto entre palestinos e israelenses na Cisjordânia, em 9 de janeiro de 2002
Jacquier é socorrido por colegas e médicos em Nablus após ficar gravemente ferido enquanto cobria o confronto entre palestinos e israelenses na Cisjordânia, em 9 de janeiro de 2002
Foto: AFP

"As autoridades decidiram liquidar jornalistas fisicamente, com o objetivo de silenciar os meios de comunicação neutros e independentes", considerou o CNS.

O jornalista Gilles Jacquier morreu na quarta-feira quando realizava uma reportagem em Homs (centro da Síria), assim como seis sírios, enquanto várias outras pessoas ficaram feridas.

Um fotógrafo da AFP no local confirmou que um obus caiu onde alguns jornalistas estavam realizando reportagens sobre esta cidade, bastião do movimento opositor sírio.

Jacquier é o primeiro jornalista ocidental morto na Síria desde o início do movimento de insurgência contra o regime, em 15 de março.

O grupo de jornalistas foi a Homs em uma viagem autorizada pelo governo sírio, que limita a circulação dos meios de comunicação estrangeiros no país.

O CNS pediu que as organizações internacionais façam algo para impedir os "crimes praticados pelo regime contra jornalistas estrangeiros ou sírios".

Para Wisam Tarif, da ONG internacional Avaaz, "os jornalistas foram atacados em uma zona muito bem controlada pelas forças militares do regime. Seria muito difícil para qualquer tipo de oposição armada entrar em uma zona assim e realizar um ataque tão mortífero", acrescentou.

A França pediu às autoridades sírias que "esclareçam" o ocorrido, "garantam a segurança dos jornalistas estrangeiros em seu território e protejam a liberdade fundamental, que é a de informação".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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