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Oriente Médio

Oposição trabalha por exclusão da Síria da Liga Árabe

8 nov 2011 - 14h34
(atualizado às 15h06)
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O Conselho Nacional Sírio (formado por boa parte das organizações opositoras) enviou delegações aos países que fazem parte do grupo de contato da Liga Árabe para pedir que congelem a participação de Damasco nesse organismo.

Como explicou à Agência Efe, o responsável das Relações Exteriores do CNS, Basma Qadmani, foram enviadas missões ao Sudão, Argélia, Omã e Catar, países-membros da comissão da Liga Árabe, formada para solucionar a crise que desde março enfrenta o Oriente Médio.

O objetivo destas delegações é "convencer esses países a aceitarem nossas reivindicações, que são, entre outras, o bloqueio da Síria na Liga Árabe e a necessidade de proteger os civis", afirmou Qadmani.

Um dos porta-vozes do Ahmed Ramadan declarou à Efe que o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, vai receber nesta quarta-feira em sua sede no Cairo "personalidades procedentes da Síria", em alusão aos representantes da oposição interna.

Outro dirigente opositor, Fahd al Masri, que não é membro do CNS, explicou que a Liga Árabe organiza periodicamente reuniões com diferentes organizações da oposição, pois esta "ainda não está unificada e não tem uma estratégia comum sobre como se relacionar com a Liga Árabe".

Masri disse à Efe que a comunidade internacional precisa estabelecer o mais rápido possível uma zona de exclusão aérea, e que os países árabes devem suspender suas relações diplomáticas com Damasco.

"Uma intervenção militar é muito necessária para proteger os civis sírios e derrotar o regime de Bashar al Assad", considerou Masri, que também afirmou ser urgente a criação de "zonas de segurança" nas fronteiras com os países vizinhos, especialmente com a Turquia, para receber os refugiados pela repressão.

Ao menos 3,5 mil civis foram assassinados pelas forças governamentais em sua tentativa de sufocar a revolta, pelos últimos números divulgados nesta terça-feira em Genebra pelas Nações Unidas.

EFE   
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