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Oriente Médio

Oposição síria sofre derrotas no seu país e no Egito

5 jul 2013 - 19h07
(atualizado às 19h12)
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Forças estatais sírias amparadas por combatentes libaneses do Hezbollah atacaram na sexta-feira a cidade de Homs, na região central da Síria, disseram ativistas, gerando preocupação entre funcionários da ONU pelos milhares de civis lá retidos.

As forças do presidente Bashar al Assad estão usando intensos bombardeios aéreos e de artilharia em sua ofensiva ao redor da capital, Damasco, e na estratégica Homs.

No campo político, a oposição a Assad também enfrentou derrotas na sexta-feira. Em Istambul, uma reunião para a eleição de um novo líder no exílio terminou em impasse, e a mais influente facção da oposição se viu acuada pela derrubada do governo egípcio ligado à Irmandade Muçulmana.

O impasse na eleição de um novo líder impede que os principais participantes da Coalizão Nacional Síria cheguem a um acordo aceitável com seus apoiadores da Arábia Saudita e do Catar, que desejam fortalecer a oposição para fazer frente ao avanço das forças de Assad.

Fontes da coalizão, que tem apoio árabe e ocidental, disseram que o acordo depende da Irmandade Muçulmana da Síria, único grupo organizado da oposição, com poder para decidir a votação em favor de um candidato favorecido pelos sauditas e outro patrocinado pelos catarianos.

Mas o grupo se ressente do golpe político sofrido nesta semana, quando sua "matriz" egípcia foi alvo de uma intervenção militar que derrubou o presidente Mohamed Mursi, após vários dias de imensas manifestações populares.

"A atmosfera é desanimada. A Irmandade no Egito, e por extensão na Síria e em outros lugares, sofreu um golpe, mas até seus oponentes sentem que o Oriente Médio perdeu uma oportunidade histórica de convencer os islamitas a abraçarem a democracia", disse uma fonte da coalizão em Istambul.

(Reportagem de Erika Solomon)

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