Oposição síria incorpora novos membros e adia eleição de presidente

A coalizão da oposição síria formalizou nesta quinta-feira sua ampliação, com cerca de 40 novos membros, e adiou até meados de junho a eleição de seu novo presidente, ao final de uma reunião de oito dias marcada por duras discussões.

Depois de um último debate em um hotel da periferia de Istambul, o presidente interino Georges Sabra anunciou um acordo para incorporar 43 personalidades que representam, sobretudo, os grupos revolucionários que iniciaram os protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad e o Estado-Maior do Exército Síria Livre.

O tema da ampliação do principal movimento de oposição política ao regime de Damasco dominou boa parte das discussões na cidade turca, inicialmente programada para acontecer de 23 a 25 de maio.

Os dois principais apoiadores financeiros da Coalizão, Catar e Arábia Saudita, travaram uma guerra de influência ao longo da reunião, buscando o controle do movimento, a ponto de paralisar as discussões.

Sabra teve de anunciar nesta quinta à noite o adiamento da eleição prevista para substituir o ex-presidente do movimento Moaz al Jatib. "Esta eleição será realizada no mais tardar em 12 de junho", em Istambul, declarou o presidente interino.

A designação do governo do "primeiro-ministro" interino, Ghassan Hitto, que aconteceria neste encontro, também foi adiada, completou Georges Sabra.