A Coalizão Nacional Síria (CNFROS) elevou nesta quarta-feira o número de vítimas no ataque com armas químicas do regime para 1,5 mil mortos e 5 mil feridos, e afirmou que a substância utilizada foi provavelmente o gás sarin.
Em um relatório preliminar sobre o ataque, a CNFROS assinalou que cerca de 40 mísseis com substâncias químicas atingiram a periferia de Damasco. Ainda não foi confirmada a substância utilizada, mas os sintomas das vítimas indicam que se trata do gás sarin. O principal grupo de oposição na Síria afirmou que os mísseis com elementos químicos foram disparados da base da brigada 155 do Exército leal a Bashar al Assad, situada no Monte Qalamun em Damasco.
Segundo o relatório, elaborado com dados de ativistas, sobreviventes e oficiais do Exército de Assad que simpatizam com a revolução, os projéteis atingiram áreas com uma maior densidade populacional, longe da frente de combate.
Uma fonte de segurança do regime confirmou à CNFROS que foram dadas ordens aos "shabiha" (milicianos pró-governo) para que se protegessem do ataque químico com máscaras. Outra fonte das Forças Armadas explicou aos opositores que um comboio chegou no dia 10 de agosto ao complexo militar de Qutafya, no Monte Qalamun, com versões locais dos mísseis iranianos "Zelzal" e dos egípcios "Saqr 15", que são capazes de transportar substâncias químicas.
Oito dias depois, o pessoal do complexo começou a transportar os mísseis para as plataformas de lançamento. O relatório inclui fotografias dos corpos, principalmente de crianças, e um mapa com os lugares de origem dos disparos e os alvos do ataque.
Esses novos dados são divulgados em um momento de alta tensão em que tudo aponta para uma iminente intervenção militar na Síria contra o regime de Assad. A Otan responsabilizou hoje Damasco pelo uso de armas químicas e assegurou que se trata de um fato "inaceitável" que não pode ficar sem resposta.
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam