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Oriente Médio

Oposição rejeita eleições presidenciais na Síria

Presidente Bashar al-Assad nega eleições enquanto Parlamento espera realizar evento em 3 de junho

21 abr 2014 - 15h50
(atualizado às 15h50)
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Parlamento se reuniu nesta segunda-feira para decidir data de eleições na Síria: 3 de junho; oposição rejeita ideia
Parlamento se reuniu nesta segunda-feira para decidir data de eleições na Síria: 3 de junho; oposição rejeita ideia
Foto: Reuters

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança política opositora, rejeitou categoricamente nesta segunda-feira a convocação das eleições presidenciais no país árabe e assinalou que "não reconhecerá (o processo) em absoluto".

Por telefone, o dirigente da CNFROS Monzer Akbik disse à Agência Efe que o presidente sírio, Bashar al Assad, "se encontra em um estado de negação e separação total da realidade".

"Estas eleições vão ser um teatro. Enquanto isso, o território sírio está sendo devastado, estão morrendo inocentes e há milhões de refugiados fora da Síria", completou Akbik, assistente do presidente da CNFROS, Ahmed Yarba.

De acordo com o dirigente opositor, não há eleições democráticas de verdade na Síria desde 1953, já que as posteriores foram apenas "uma brincadeira".

"Se quiser uma mudança genuína, Assad deve aplicar o Comunicado de Genebra", considerou Akbik.

Neste aspecto, o líder da CNFROS se referia ao documento que serviu de base para as fracassadas conversas entre governo e oposição realizadas em Genebra. Entre outros pontos, o documento em questão estabelecia a criação de um Executivo de transição com membros de ambas as partes.

No entanto, essas negociações foram interrompidas sem sequer um acordo para voltar a se reunir.

"Assad não possui legitimidade para convocar estas eleições", advertiu Akbik.

O presidente do parlamento sírio, Mohammed al Laham, anunciou hoje a convocação de eleições presidenciais no território sírio, marcadas para o próximo 3 de junho.

No último mês, o mediador internacional para Síria, Lakhdar Brahimi, advertiu que a possível convocação de eleições presidenciais na Síria daria fim ao incipiente processo de diálogo entre governo e oposição.

EFE   
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