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Oriente Médio

ONU se esforça para registrar refugiados sírios em países vizinhos

14 ago 2012 - 09h12
(atualizado às 09h30)
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A ONU assegurou nesta terça-feira que redobrou os esforços para aumentar a capacidade de registros de refugiados sírios nos países vizinhos, tendo em vista que a violência expulsa diariamente milhares de civis da Síria, que necessitam ser contabilizados para organizar a ajuda humanitária.

"O registro é importante porque sem ele as pessoas podem encontrar dificuldades para receber a assistência e serviços básicos", disse em Genebra o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Adrian Edwards.

As estatísticas oficiais elaboradas até agora pelo organismo indicam 157 mil refugiados registrados na Jordânia, Líbano, Iraque e Turquia.

No entanto, o número de refugiados é maior porque muitas pessoas estão esperando para ser registradas ou têm medo de fazer isto. A razão da desconfiança é o temor de alguns refugiados de que os dados pessoais sejam enviados à Síria e que isto os coloquem em perigo quando retornarem ao país, algo negado pelo porta-voz, que disse que as informações são "confidenciais".

A Turquia, a 50 quilômetros de Aleppo- a segunda principal cidade síria, onde graves combates foram registrados nas últimas semanas-, recebeu 10 mil refugiados só nos últimos quatro dias, chegando a 60 mil o número de sírios no país vizinho, segundo o Acnur.

Metade deste número é composto por crianças e algumas delas já estão provisoriamente na escola. A Turquia planeja abrir mais dois acampamentos nos próximos dias.

No Iraque, os refugiados sírios são cerca 14 mil, e no Líbano chegam a 40 mil, sendo que 57% deste número se concentra no norte do país, região próxima à cidade síria de Homs, uma das mais castigadas pelo conflito.

Diante do grande número de sírios no Líbano, o Acnur abriu nesta semana um centro de registro em Trípoli com capacidade para atender 700 pessoas diariamente, o que permitirá que os refugiados possam contar com assistência médica e que as crianças comecem o ano letivo em colégios locais no próximo mês. O organismo da ONU assumirá o custo da escolaridade das crianças refugiadas.

Por outro lado, Edwards denunciou que mesmo após a fuga dos sírios, eles não estão totalmente a salvos, porque certas zonas do norte do Líbano, onde há centenas de famílias sírias, são alvos de bombardeiros duas ou três vezes por semana.

EFE   
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