ONU prolonga por 30 dias missão de observadores na Síria
20 jul2012 - 12h11
(atualizado às 13h10)
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O Conselho de Segurança da ONU prolongou nesta sexta-feira, por uma "última etapa de 30 dias", a missão dos 300 observadores das Nações Unidas na Síria.
O resultado da votação foi unânime sobre esta proposta apresentada pelos europeus (França, Alemanha, Portugal, Reino Unido). O Conselho deve se pronunciar sobre o futuro da Missão de Supervisão da ONU na Síria (Misnus) antes da expiração de seu mandato, ainda esta noite.A Rússia havia ameaçado bloquear este projeto de resolução, mas o seu embaixador na ONU, Vitaly Churkin, finalmente votou a favor. Moscou vetou ontem uma resolução ameaçando o regime sírio com sanções. A resolução prorroga o mandato da Misnus por 30 dias. Seu objetivo, de acordo com diplomatas, é dar tempo para os observadores, que não patrulham as cidades desde meados de junho, de preparar sua partida de volta.
O texto indica que após este "período final", a missão apenas poderá ser prorrogada novamente se Damasco mantiver sua promessa de retirar as armas pesadas das cidades, e caso haja "uma redução no nível de violência suficiente para permitir que a Misnus cumpra o seu mandato", isto é, cumprir o plano de paz do mediador internacional para a Síria, Kofi Annan.
A renovação do mandato da Misnus "vai considerar as recomendações do secretário-geral (da ONU, Ban Ki-moon) de reorientar a missão", ressalta o texto. Ban Ki-moon pediu a redução do número de observadores militares desarmados - atualmente 300, acompanhados por uma centena de especialistas civis - e para que a Misnus tenha um papel mais político.
Neste domingo, o exército sírio intensificou os bombardeios contra o reduto opositor de Homs. Esta foto, tirada no sábado, mostra o funeral de um homem morto durante ofensiva na cidade
Foto: AP
Homens de luto lamentam sobre o corpo de um homem identificado como Issa al-Anjari durante seu funeral, em Baba Amr, na cidade de Homs, no sábado. O ativista Abdel Salam Al-Homsi disse à agência EFE que as forças governamentais bombardearam os bairros de Baba Amr e Yobar dessa cidade
Foto: AFP
A imagem, tirada no sábado, mostra um vilarejo destruído em Homs
Foto: Reuters
Dois membros do Exército Livre da Síria tomam posições de defesa em uma casa no bairro El Moalimin, em Homs. A imagem foi registrada no sábado
Foto: Reuters
Sírios residentes em Qusayr, na província de Homs inspecionam um abrigo improvisado debaixo de uma loja de pneus. O local tem sofrido bombardeios diários
Foto: AFP
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, a capital da Síria, Damasco, foi neste domingo palco dos combates "mais violentos" desde o início da revolta popular no País. Na foto, o funeral de duas vítimas mortas no bairro Barza na sexta-feira
Foto: AFP
Neste domingo, homens realizaram um protesto, levando o caixão de Muhammad Barakat. Os manifestantes dizem que o homem foi morto em Yabroud, próximo a Damasco, pelas forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Mulher chora sobre o corpo de um parente na cidade de Tremseh. A imagem foi registrada na sexta-feira e divulgada neste domingo pela oposição síria. O governo sírio negou o uso de armas pesadas em Tremseh
Foto: AP
A imagem, tirada na sexta-feira e fornecida por uma rede de notícias da cidade de Idlib, mostra soldados do Exército Livre da Síria, principal força de oposição ao governo
Foto: AP
Nesta foto, também tirada na sexta-feira, soldados do Exército Livre da Síria correm para se esconder em Idlib, província ao norte do País
Foto: AP
Uma imagem retirada de um vídeo divulgado pela Missão das Nações Unidas de Supervisão na Síria mostra um homem segurando um colchão manchado de sangue em uma casa danificada na aldeia de Treimsa, na província central de Hama, neste domingo
Foto: AFP
A Síria negou que suas forças armadas tenham realizado um massacre em Treimsa
Foto: AFP
Nesta imagem, também do vídeo da ONU, uma mulher lamenta a morte do seu filho em Treimsa