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Oriente Médio

ONU, Egito e EUA propõem trégua de sete dias em Gaza

Nova tentativa acontece após fracasso em um cessar-fogo definitivo

25 jul 2014 - 17h24
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<p>Secret&aacute;rio de Estado norte-americano, John Kerry, fala ao lado de l&iacute;deres eg&iacute;pcio e&nbsp;&aacute;rabes, al&eacute;m do secret&aacute;rio-geral Ban Ki-moon, em uma confer&ecirc;ncia em um hotel no Cairo</p>
Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, fala ao lado de líderes egípcio e árabes, além do secretário-geral Ban Ki-moon, em uma conferência em um hotel no Cairo
Foto: Pool / Reuters

A ONU, o Egito e os Estados Unidos propuseram nesta sexta-feira uma trégua humanitária de sete dias entre Israel e o movimento palestino Hamas coincidindo com a iminente festividade muçulmana do "Eid ul-Fitr".

Esta nova iniciativa foi apresentada em entrevista coletiva no Cairo pelos chefes da diplomacia dos EUA, John Kerry, e do Egito, Sameh Shukri, e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, após o fracasso na tentativa de alcançar um cessar-fogo definitivo.Todos eles concordam que foram alcançados "progressos", mas que ainda é preciso fazer "mais esforços" para poder chegar a um cessar-fogo durável.

"Não há um acordo ainda sobre um cessar-fogo porque há diferenças sobre a terminologia e o marco", disse o secretário de Estado americano, que irá amanhã a Paris para continuar com as consultas.

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Kerry disse que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se comprometeu em manter por pelo menos 12 horas uma cessação das hostilidades, apesar de previamente o gabinete de Segurança israelense ter anunciado sua rejeição à proposta de trégua.

Sobre a trégua, Kerry considerou que esses sete dias de cessação de hostilidades, coincidindo com o fim do Ramadã no próximo domingo, permitirão "aproximar as partes" para que abandonem a violência.

Por sua parte, Ban mostrou o respaldo da ONU a "garantir o êxito desta proposta" e pediu diálogo entre as partes.

Na opinião do secretário-geral da ONU, é necessário uma cessação de hostilidades, em segundo lugar negociações e em terceiro tratar as "causas profundas" do conflito para que não volte a repetir-se.

Ban e Kerry insistiram que o "marco" para um cessar-fogo continua sendo a iniciativa apresentada pelo Egito na semana passada, que foi aceita por Israel, mas rejeitada pelo Hamas.

A esse respeito, Shukri ressaltou que o plano egípcio "segue vigente" e que continuarão as conversas para que as duas partes o aceitem.

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EFE   
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