ONU e Síria dizem que reunião sobre armas químicas foi "produtiva"
A Organização das Nações Unidas e a Síria afirmaram neste sábado que as negociações entre Damasco e o investigador de armas químicas da ONU foram "produtivas", mas não disseram se a equipe poderá buscar informações sobre se tais armas foram usadas na guerra civil do país.
A equipe de Ake Sellstrom não teve permissão de acesso à Síria, devido a uma disputa diplomática. A missão desta semana era para preparar as condições para uma investigação.
Sellstrom se encontrou com o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al-Moualem, e, em um comunicado conjunto, eles disseram que "as discussões foram completas e produtivas, e levaram a um acordo sobre o futuro". A nota não disse se o acordo incluía a concessão de acesso à equipe de Sellstrom.
Até agora, Damasco se recusou a deixar que os investigadores da ONU fossem a qualquer local exceto Khan al-Assal, na província de Aleppo, onde o governo do presidente Bashar al-Assad e a aliada Rússia dizem que rebeldes utilizaram armas químicas em março.
Os Estados Unidos disseram no mês passado que têm provas de que o governo sírio usou armas químicas contra combatentes que tentam derrubar Assad.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tem insistido para que a equipe tenha permissão para visitar pelo menos uma localidade, a cidade de Homs, onde teria ocorrido um ataque químico das forças do governo em dezembro de 2012.
Ambos os lados negam o uso de armas químicas. Segundo a ONU, a guerra já causou a morte de 100 mil pessoas.
(Reportagem de Oliver Holmes)