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Oriente Médio

ONU afirma que ataques contra civis na Síria são crime de guerra

18 ago 2015 - 09h11
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A ONU disse nesta terça-feira que os ataques premeditados contra civis e o uso indiscriminado de armas em área intensamente povoadas, como ocorreu no bombardeio de um movimentado mercado no domingo na cidade síria de Duma, constituem crimes de guerra.

Segundo as informações mais recentes, corroboradas pelo Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas, 111 civis morreram nesse ataque da aviação síria e mais de 200 ficaram feridos, muitos deles gravemente.

A cidade de Duma, um dos centros da insurreição contra o regime do presidente Bashar al Assad, está sitiada pelas forças governamentais desde 2013, depois de ser tomada pelos insurgentes.

O elevado número de feridos graves, assim como as condições precárias dos hospitais em que são tratados - devido a escassez de provisões médicas provocada pelo bloqueio militar - torna provável que o balanço final de mortos seja mais alto.

O ataque contra um mercado, no centro de Duma, teve dois momentos, segundo as informações recolhidas pela ONU entre testemunhas e organizações de ajuda.

O primeiro foi um bombardeio aéreo, ao que pouco depois se seguiu um ataque com mísseis terra-terra, que atingiu também pessoas que tinham ido socorrer as primeiras vítimas.

"Conseguimos falar diretamente com moradores da área, que nos disseram que o prolongado cerco das forças governamentais é o maior problema que enfrentam", disse aos jornalistas em Genebra o porta-voz da ONU para os direitos humanos, Rupert Colville.

A crítica internacional à ação militar contra a população de Duma foi praticamente unânime.

Como resposta, o regime de Damasco optou por acusar a ONU, e em particular o enviado especial da organização para a Síria, Staffan de Mistura, de "falta de neutralidade" por ter expressado sua firme condenação ao bombardeio.

EFE   
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