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Oriente Médio

ONG faz apelo para que mulher não seja apedrejada no Irã

7 jul 2010 - 19h08
(atualizado às 19h51)
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A organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch lançou nesta quarta-feira um apelo para que o governo do Irã cancele a execução por apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por adultério. Segundo o grupo, a iraniana, presa desde 2006, enfrenta morte iminente, uma vez que seus pedidos por clemência foram negados.

Inicialmente condenada por envolvimento em "relações ilícitas", ela foi punida primeiro com açoitamento. Depois foi também condenada por adultério, recebendo então a pena capital. No Irã, o sexo antes de casamento é punido com cem chibatadas. Se os culpados forem casados e estiverem cometendo adultério, a pena muda para morte por apedrejamento.

Histórico

Em maio de 2006, um tribunal da província de Azerbaijan do Leste condenou Ashtiani a 99 chibatadas pelo "relacionamento ilícito" com dois homens após a morte de seu marido. Quatro meses depois, o caso foi reaberto, com base em relacionamentos que supostamente ocorreram durante o casamento.

As acusações vieram à tona durante o julgamento do homem acusado pelo assassinato de seu marido. Ele chegou a admitir o crime, mas depois se retratou, alegando que teria confessado o adultério à força. Ainda assim, a pena foi mantida.

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