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Oriente Médio

ONG denuncia expansão de colônias em território palestino

23 ago 2009 - 12h36
(atualizado às 13h22)
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Israel iniciou aproximadamente 600 construções em territórios palestinos nos seis meses primeiros de 2009, informou hoje a organização israelense Paz Agora.

Segundo o relatório semestral da ONG, as construções continuam normalmente nos chamados "blocos de assentamentos", as grandes colônias que Israel pretende incorporar a seu território em qualquer acordo de paz.

No entanto, foram percebidas mudanças nas construções em colônias isoladas e nos chamados protoassentamentos.

Nestes, as obras continuam, mas sem seguir os trâmites legais ou com base em projetos de urbanização aprovados há anos.

Segundo a Paz Agora, os colonos estão desempoeirando planos de urbanização de até duas décadas atrás para justificar a construção em localidades como Matiyahu, Kochav Hashachar e Maale Michmash.

De acordo com o relatório divulgado hoje, das 596 novas construções nos assentamentos, 35% estão sendo erguidas a leste do muro de levantado por Israel. As restantes estariam a oeste da barreira, em território sob controle israelense.

A ONG também constatou que aproximadamente cem estruturas começaram a ser construídas nos protoassentamentos.

Para a Autoridade Nacional Palestina (ANP), a recusa de Israel em deter a expansão dos assentamentos é "um desafio ao mundo".

"Trata-se de um autêntico desafio a todos os esforços da comunidade internacional, principalmente dos EUA, para relançar o processo de paz no Oriente Médio o mais rápido possível", disse, em nota, o porta-voz da ANP Nabil Abu Rudeine.

Rudeine pediu aos outros países que "obriguem Israel a deter toda atividade nas colônias", inclusive as construções baseadas no denominado "crescimento natural" da população, como exige o Mapa de Caminho, o plano de paz lançado em 2003 pelo Quarteto de Madri (Estados Unidos, União Europeia, ONU e Rússia). EFE O porta-voz revelou que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, enviou uma carta urgente à Casa Branca e a diversos órgãos internacionais para pedir mais pressão sobre o Governo do israelense Benjamin Netanyahu.

EFE   
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