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Oriente Médio

OLP pede ao governo espanhol que reconheça Estado palestino

9 dez 2014 - 20h29
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O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, pediu nesta terça-feira ao governo espanhol que escute a vontade do Congresso dos Deputados e reconheça o Estado da Palestina como já fez a Suécia.

Em um jantar com correspondentes estrangeiros por ocasião do Natal, ele ressaltou que para defender a solução dos dois Estados é preciso reconhecer ambos e não apenas Israel.

"Apreciamos o reconhecimento sueco e achamos que ao longo de 2015 seremos testemunhas de como muitos mais estados europeus se somam ao reconhecimento, mantendo-se comprometidos com seu apoio à solução dos dois Estados. O que aceita a solução dos dois Estados significa que não reconhece um só, mas reconhece os dois: Palestina e Israel", afirmou.

Em 18 de novembro, o Congresso dos Deputados aprovou com grande maioria uma proposta de lei em que pede ao governo espanhol para reconhecer à Palestina como estado. Deste modo, o parlamento espanhol se somou à iniciativa adotada anteriormente pelo governo sueco e pelos legislativos britânico e irlandês, e que no último dia 2 também pela Assembleia Nacional da França.

Com esse argumento, Erekat lembrou que "350 membros do parlamento espanhol e cerca de dois terços do parlamento francês votaram a favor da Palestina" por isso que "ambos os estados devem cumprir com a vontade de seu povo expressado na câmara".

"Devem estar lado a lado com o campo da paz, da democracia, dos direitos humanos e a estabilidade nesta região", ressaltou.

Segundo ele, aqueles que votam a favor da Palestina "votam contra a violência, votam contra o extremismo. Ao reconhecer o Estado da Palestina se derrotam muitas coisas, como os esforços diabólicos do Daesh", o acrônimo em árabe para se referir ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

O chefe negociador palestino confirmou que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) apresentou em 29 de novembro ao Conselho de Segurança da ONU sua demanda de uma resolução internacional que fixe uma data limite para o fim da ocupação israelense e o reconhecimento do Estado palestino, e expressou sua esperança em uma resposta positiva antes de 25 de dezembro.

Neste sentido, se mostrou confiante em que nenhum dos cinco países com direito a veto no Conselho - incluído os Estados Unidos - o utilize porque isso seria "se opor à solução dos dois Estados".

"Não temos medo de um estado judeu. Queremos um Estado de Israel e um Estado da Palestina que vivam juntos nas fronteiras de 1967. Com isso, podemos lutar contra o verdadeiro mal, o mal diabólico que é o Estado Islâmico na região", insistiu.

Caso a resolução não aconteça "nesse mesmo momento o presidente (da ANP, Mahmoud) Abbas assinaria 22 tratados relacionados com o Tribunal Penal Internacional, incluído o tratado de Roma", afirmou Erekat.

EFE   
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