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Oriente Médio

Ofensiva do Estado Islâmico mata ao menos 462 na Síria

Grupo terrorista domina 50% do território sírio

21 mai 2015 - 06h14
(atualizado às 08h28)
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EI controla mais de 50% do território sírio após tomar região de Palmira
EI controla mais de 50% do território sírio após tomar região de Palmira
Foto: Omar Sanadiki / Reuters

Pelo menos 462 pessoas morreram durante a semana que durou a ofensiva do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) contra a cidade histórica de Palmira e outras áreas do leste da província central de Homs, na Síria, informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Dessas vítimas mortais, 71 eram civis, entre elas 12 crianças, das quais pelo menos 22 morreram pelo impacto das bombas do EI e pelos bombardeios da aviação do regime.

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Os outros foram assassinados pelos extremistas, como dez vítimas que foram decapitadas nos povoados de Al Ameriya e Al Sujna, próximos a Palmira.

Nas fileiras do regime sírio, pelo menos 241 soldados e milicianos pró-governo morreram na batalha contra os extremistas.

O Estado Islâmico, por sua vez, sofreu pelo menos 150 baixas durante os combates que começaram no dia 13 de maio.

Os jihadistas tomaram ontem o controle total da cidade monumental de Palmira, cujas ruínas estão incluídas na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco. Após essa conquista, o EI domina mais da metade do território da Síria, ou seja, cerca de 95 mil quilômetros quadrados, e está presente em nove províncias.

Iraque divulga imagens de ataque que teria matado líder do EI:

A organização radical sunita proclamou no final de junho de 2014 um califado nos territórios que controla no Iraque e na Síria.

EI controla mais de 50% do território sírio 

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) já tem em suas mãos mais de 50% do território da Síria, depois que assumiu o controle da maior parte do deserto central do país, onde fica a cidade monumental de Palmira, tomada ontem pelos jihadistas, informaram nesta quinta-feira alguns ativistas.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) detalhou que os radicais dominam 95 mil quilômetros quadrados da Síria e estão presentes em nove províncias: Homs, Al Raqqah, Deir ez Zor, Al Hasaka, Hama, Aleppo, Damasco, Rif Damasco e Sueida.

Com isso, os extremistas se estendem de leste a oeste por uma área que vai desde o sul do monte Abdelaziz e a cidade de Al Hul, em Al Hasaka, no nordeste da Síria, até a periferia de Marea, em Aleppo (noroeste), passando por quase toda Deir ez Zor e Al Raqqah (nordeste) e o deserto central sírio.

Na direção sul, os jihadistas controlam zonas ao leste de Damasco, assim como partes do campo de refugiados palestinos de Al Yarmouk e do distrito de Hayar al Asuad, ao sul da capital, e pontos do norte de Sueida (sul).

Além disso, na província meridional de Deraa, há grupos que são suspeitos de serem leais ao EI.

Os radicais têm em seu poder a maioria dos campos de gás do país, menos a jazida de Al Shaer, no leste de Homs e controlada pelo regime de Bashar al Assad, e a de Ramilan, que está nas mãos das Unidades de Proteção do Povo Curdo, uma aliança de milícias curdo-sírias, em Al Hasaka.

O EI proclamou no final de junho de 2014 um califado na Síria e Iraque.

Os extremistas conseguiram se expandir pelo território sírio apesar dos bombardeios da coalizão internacional, iniciados em 23 de setembro do ano passado.

Analistas consultados pela Agência Efe destacaram ontem que esses ataques aéreos são "ineficazes" e que são necessárias tropas no terreno para conter o EI.

EFE   
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