Ofensiva das forças do regime na Síria faz mais 6 mortos
Ao menos seis pessoas morreram nesta terça-feira na Síria, a maioria em Homs, principal reduto da oposição, em uma nova ofensiva das forças leais ao presidente Bashar al Assad, apesar da presença de observadores árabes. O grupo opositor Comitês de Coordenação Local informou em comunicado que quatro civis morreram em Homs e um na província de Hama, por disparos dos agentes. Em uma localidade próxima a Damasco um soldado foi assassinado ao se negar abrir fogo contra os manifestantes.
Em Homs, as forças de segurança protagonizaram um amplo desdobramento de veículos militares e fizeram disparos em vários bairros. Na província meridional de Deraa, outro ponto de domínio da oposição, os militares fizeram campanhas de detenções coincidindo com a chegada dos observadores da Liga Árabe, onde franco-atiradores continuam a postos nos telhados. A missão é encarregada de verificar no país o cumprimento da iniciativa árabe que estipula entre outros pontos o fim da violência, a libertação dos detidos nos protestos e a retirada dos militares das ruas.
Na segunda, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, denunciou a presença de franco-atiradores e a continuação dos "assassinatos", além de enumerar algumas conquistas dos observadores. Araby explicou que até agora conseguiram libertar 3.484 manifestantes presos e retirar os tanques do Exército das cidades e dos bairros residenciais.
Desde o início dos protestos, em março de 2011, mais de 5 mil pessoas morreram na repressão do regime de Assad, que acusa grupos terroristas armados de estarem por trás das revoltas populares.