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Oriente Médio

Obama vê como promissor reinício de diálogos de paz entre Israel e palestinos

29 jul 2013 - 15h07
(atualizado às 15h58)
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O presidente dos EUA, Barack Obama, qualificou nesta segunda-feira de "promissor" o reatamento dos diálogos entre israelenses e palestinos, previsto para as próximas horas em Washington, e disse que vê em ambas as partes "um profundo desejo de paz", mas alertou sobre o "trabalho" duro que ainda ficará pela frente.

"Durante minha visita em março à região, experimentei de primeira mão o profundo desejo de paz entre israelenses e palestinos, o que reforçou minha convicção de que a paz é possível e necessária", indicou Obama em comunicado divulgado pela Casa Branca.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, manterá nesta segunda-feira em Washington um jantar com os negociadores israelense, Tzipi Livni, e o palestino, Saeb Erekat, no qual esperam empreender conversas preliminares para retomar as negociações diretas, estagnadas desde 2010.

Este primeiro contato entre as partes "é um avanço promissor, embora ficam pela frente trabalho duro e decisões difíceis", disse Obama.

O líder agradeceu "profundamente" o "trabalho incansável" de Kerry, que fez várias viagens ao Oriente Médio nos seis meses que está no cargo, e felicitou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pela "liderança".

"Tenho a esperança de que tanto os israelenses como os palestinos se aproximarão nestas conversas de boa fé", afirmou Obama.

Obama também reiterou o apoio dos EUA a essas conversas "com o objetivo de conseguir dois Estados, um ao lado do outro em paz e segurança".

Além disso, Obama gostou da nomeação de Martin Indyk, ex-embaixador americano em Israel e encarregado do Oriente Médio no Departamento de Estado durante a administração de Bill Clinton (1993-2001), como novo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, por isso que se encarregará do dia a dia das negociações.

Indyk tem uma "experiência única", segundo Obama, por isso que poderá "contribuir imediatamente" no começo do "difícil, mas necessário, caminho das negociações".

Ao anunciar a nomeação de Indyk, Kerry pediu hoje aos negociadores israelenses e palestinos que estejam abertos a "acordos razoáveis", inclusive nos assuntos mais complicados.

"Sei que as negociações vão ser difíceis, mas também sei que as consequências de não tentar poderiam ser piores", assegurou Kerry em discurso no Departamento de Estado, ao ressaltar que se o processo de paz fosse fácil, "teria ocorrido há muito tempo".

O chefe da diplomacia americana assegurou que este esforço para que as partes voltem a dialogar começou com "a histórica viagem do presidente Obama à região em março".

"Sem seu compromisso, sem suas conversas ali e sem seu envolvimento nesta iniciativa, não estaríamos aqui hoje", assegurou Kerry.

EFE   
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