PUBLICIDADE

Oriente Médio

Obama obtém apoios cruciais para evitar que Congresso derrube acordo nuclear

2 set 2015 - 13h23
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conseguiu nesta quarta-feira no Senado os apoios necessários para evitar que prospere um projeto de lei republicano que visa derrubar o histórico pacto nuclear entre os países do G5+1 e o Irã, mas ainda seria obrigado a recorrer ao veto.

A senadora Barbara Mikulski (Maryland) anunciou hoje seu apoio ao acordo com o Irã, chegando a 34 democratas que o aprovam e tornam inviável para os republicanos obter os votos necessários para invalidar o veto que Obama prometeu impor a qualquer medida que se oponha ao acordo.

Na terça-feira, os senadores democratas Bob Casey (Pensilvânia) e Chris Coons (Delaware) também disseram que apoiarão o acordo com o Irã na votação prevista para meados deste mês no Congresso.

Com 34 senadores democratas do lado de Obama, os republicanos já não poderão somar os 67 votos que necessitam para se esquivar do veto presidencial a uma resolução contrária ao pacto iraniano.

No entanto, é provável que os republicanos do Senado consigam uma maioria simples de 60 votos a favor dessa resolução e obrigue Obama a usar seu direito de veto.

Dentro do núcleo democrata no Senado, só um de seus líderes, o senador Chuck Schumer, expressou rejeição ao pacto com o Irã, um "não" impulsionado por Robert Menéndez, grande defensor do governo israelense.

O prazo dado ao Congresso para avaliar e votar o acordo com o Irã expira no dia 17 de setembro.

Após o acordo feito no 14 de julho em Viena entre Irã e Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha), Obama repetiu várias vezes que o pacto é uma oportunidade histórica "para um mundo mais seguro".

Além disso, o presidente se envolveu pessoalmente em uma campanha para fazer com que o Congresso americano aprove o acordo "com base nos fatos, e não na política".

Em seu discurso mais elaborado e extenso sobre o assunto, Obama alertou ao Congresso em agosto que rejeitar o acordo nuclear com o Irã seria o pior erro desde a invasão do Iraque e levaria a "outra guerra" no Oriente Médio.

O pacto entre o Grupo 5+1 e o Irã prevê que Teerã limite seu programa nuclear de modo que não possa fabricar armas atômicas durante pelo menos dez anos. Em troca, a comunidade internacional suspenderá as sanções que afetam a economia do país.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade