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Oriente Médio

Obama examina "resposta adequada" a ataque químico na Síria, diz Casa Branca

27 ago 2013 - 15h52
(atualizado às 15h53)
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O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou nesta terça-feira que o presidente Barack Obama ainda não tomou uma decisão sobre uma resposta militar ao uso de armas químicas na Síria, embora não tenha dúvidas de que o regime sírio é o responsável e de que "deve haver uma resposta".

Carney garantiu que os Estados Unidos têm "poucas dúvidas" de que o regime de Bashar al Assad está por trás do último ataque com armas químicas na Síria e que Obama anunciará uma decisão após consulta com seus aliados e sua equipe de segurança.

Além disso, os EUA devem esperar a publicação do relatório de inteligência sobre o ataque do dia 21 de agosto nos arredores de Damasco, que causou mais de mil mortes.

"O uso de armas químicas na Síria em escala significativa é inegável" e a "lógica diz" que o regime de Damasco é o responsável. "Acreditamos que o regime tem controle total sobre essas armas e sobre a capacidade de realizar esse bombardeio", resumiu o porta-voz.

Segundo Carney, o regime de Assad tem o controle das armas químicas, a

tecnologia de foguetes necessária para o ataque e marcou como alvo militar a cidade de Moadamiya, nos arredores de Damasco, onde aconteceu o suposto massacre.

"A questão não é se foram ou não usadas armas químicas em grande escala na Síria, causando a morte de civis, ou se o regime de Assad é responsável, a questão é qual será a resposta adequada para esta violação das normas internacionais, e deve haver uma resposta", disse Carney em entrevista coletiva.

Carney, que não quis limitar as possibilidades de resposta à via militar, declarou que Obama examina um amplo leque de opções, embora não cogite enviar tropas.

A imprensa americana considera que o ataque que poderia ser lançado pelos EUA envolveria submarinos no Mar Mediterrâneo com lançamentos de mísseis guiados contra alvos estratégicos, sem que a missão se prolongue por mais de dois ou três dias.

Carney afirmou que a resposta que os EUA preparam com seus aliados não está motivada por uma tentativa de mudança de regime e é vista como um castigo pelo uso de armamento químico, algo proibido pela Convenção de Genebra.

Na opinião de Carney, "não é nossa política responder à transgressão com uma mudança de regime", algo que poderia descartar ataques aéreos contra o próprio Assad.

O porta-voz da Casa Branca concluiu dizendo que é de interesse da segurança nacional dos EUA que um uso de armas químicas em grande escala não fique sem resposta.

EFE   
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