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Oriente Médio

Obama lembra Erdogan que Estado Islâmico é "inimigo comum"

1 dez 2015 - 12h26
(atualizado às 12h56)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lembrou nesta terça-feira (1º) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de que o "inimigo comum" é o Estado Islâmico (EI).

Presidentes norte-americano e turco já haviam conversado no encontro do G20 há cerca de 15 dias
Presidentes norte-americano e turco já haviam conversado no encontro do G20 há cerca de 15 dias
Foto: Getty Images

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Em um encontro bilateral entre os líderes, paralelo à Cúpula do Clima (COP21), realizada em Paris, Obama ressaltou que a Turquia é um aliado da Otan e que apoia seu direito de defender seu espaço aéreo e seu território.

No entanto, avisou a Erdogan que "todos temos um inimigo comum, e é o Estado Islâmico".

"Quero ter certeza que nos centramos nessa ameaça e quero garantir que continuamos focados na necessidade de chegar a algum tipo de solução política na Síria", recalcou.

Já Erdogan afirmou que quer acelerar os laços militares com os EUA no contexto do conflito sírio.

Obama indicou que discutiu com seu colega como podem "trabalhar juntos para diminuir as tensões e encontrar uma via diplomática para resolver o problema" entre Turquia e Rússia.

O presidente americano também lembrou que quer acelerar os contatos no tema militar com a Turquia, não só para garantir a segurança do país, mas também para conseguir um desescalonamento da intensidade da guerra na Síria, de modo que possam se centrarem em "garantir que o EI não é uma ameaça para todos nós".

O presidente americano assinalou que, em parceria com a Turquia e outros sócios da coalizão, conseguiram tomar do Estado Islâmico algumas posições no Iraque e na Síria, mas recalcou que "ainda há muito trabalho a fazer".

Erdogan ainda afirmou que abordou com Obama a "luta conjunta contra o terrorismo do Estado Islâmico", assim como as recentes tensões entre Rússia e Turquia, elevadas depois de um caça-bombardeiro russo ser abatido pela força aérea turca na fronteira entre Turquia e Síria.

Erdogan defendeu as soluções diplomáticas para a situação e afirmou que não deseja alimentar tensões, mas evitá-las.

"Não queremos ser prejudicados e não queremos que ninguém saia ferido, porque se surgir uma tensão na região, todas as partes envolvidas são prejudicadas no final. Queremos que a paz prevaleça a todo custo e que ela se estenda a toda a região", disse o presidente turco.

Apesar de o presidente russo, Vladimir Putin, e Erdogan terem se encontrado nesta segunda-feira (30) em Paris, durante a abertura da COP21, Putin se recusou a receber o presidente turco, e lançou duras acusações à Turquia, dizendo que os turcos derrubaram avião russo para proteger o envio a solo turco de petróleo do EI.

Erdogan, por sua vez, prometeu renunciar se a acusação de Putin for provada, e tachou as palavras dele de imorais.

Durante a reunião com Obama, ambos abordaram também o estabelecimento de um governo transitório na Síria, ponto no qual Erdogan se mostrou "contente de ver progressos", e a proteção dos civis de origem turca.

Além disso, Obama afirmou que a Turquia "foi extraordinariamente generosa em seu apoio" à crise dos refugiados.

EFE   
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