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Oriente Médio

Netanyahu quer retomar negociações de paz com foco nos assentamentos judaicos, diz autoridade

26 mai 2015 - 09h41
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, propôs a retomada das negociações de paz com os palestinos, mas com o foco inicial na identificação dos assentamentos judaicos que Israel iria manter e ser autorizado a expandir, disse um alto funcionário do país nesta terça-feira.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em reunião de gabinete em Jerusalém. 26/05/2015
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em reunião de gabinete em Jerusalém. 26/05/2015
Foto: Ronen Zvulun / Reuters

As negociações de paz entraram em colapso em abril 2014 por causa da construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental --territórios ocupados por Israel nos quais os palestinos buscam estabelecer um Estado próprio--, depois que o governo israelense se irritou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, por ele ter chegado a um acordo de unidade nacional com o grupo militante islâmico Hamas em Gaza.

Questionado sobre a posição de Netanyahu, um porta-voz de Abbas disse que toda a atividade de assentamentos tem de ser interrompida completamente antes da retomada das negociações de paz e todas as questões centrais do conflito com Israel precisam ser abordadas simultaneamente.

Em uma reunião em Jerusalém na quarta-feira, Netanyahu disse à chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini, que uma parte do território que Israel capturou na guerra de 1967 permaneceria em seu poder, enquanto outra parte seria deixada sob controle palestino, segundo o funcionário israelense.

"Portanto, as negociações devem ser retomadas, a fim de definir as áreas em que podemos construir", disse o funcionário, citando Netanyahu. As observações foram relatadas pela primeira vez no jornal de esquerda israelense Haaretz.

Com a posse há duas semanas de seu novo governo de direita, após as eleições de março, Netanyahu enfrenta os apelos dos Estados Unidos e da UE para voltar a manter conversações com os palestinos e também a ameaça de uma pressão mais forte para conter a construção nos assentamentos, que a maioria dos países considera ilegais.

(Reportagem adicional de Ali Sawafta e Luke Baker)

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