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Oriente Médio

Netanyahu pede que pressão sobre o Irã não diminua após eleição

16 jun 2013 - 10h31
(atualizado às 10h44)
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu neste domingo que não seja relaxada a pressão para bloquear os esforços nucleares do Irã, agora que foi eleito um novo presidente iraniano, amplamente considerado um moderado.

Netanyahu disse que é o supremo líder do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e não o presidente recém-eleito, Hassan Rohani, quem estabelece a política nuclear que tem sido motivo de duras sanções econômicas e faz com que o país seja alvo de ameaças de ação militar.

"A comunidade internacional não deve ceder a sonhos ou tentações e afrouxar a pressão sobre o Irã para que interrompa seu programa nuclear", disse Netanyahu, político de direita, durante reunião com seu governo, segundo um comunicado divulgado por seu gabinete.

No entanto, o presidente de Israel, Shimon Peres, fez uma diferente avaliação sobre a possibilidade de mudanças na atividade nuclear iraniana, que Israel e países ocidentais temem seja direcionada ao desenvolvimento de bombas atômicas. O Irã nega ter planos de fabricar armas nucleares e diz que o processo de enriquecimento de urânio se destina somente a finalidades pacíficas.

Ao lhe perguntarem se Rohani, iraniano que foi negociador do Irã com as potências nucleares na questão nuclear, iria alterar o curso do programa nuclear, Peres afirmou à Reuters: "Ele disse que não iria seguir essas políticas extremas. Não estou certo se ele especificou suas políticas. Mas vai ser melhor, tenho certeza, e é por isso que as pessoas votaram nele ".

Prêmio Nobel da Paz, Peres ocupa um cargo que em Israel é apenas cerimonial e tem pouca influência sobre a tomada de decisões no país. Mas seus comentários se somam a um debate crescente entre os israelenses sobre o significado da surpreendente vitória de Rohani.

Ephraim Halevy, ex-chefe do Mossad, serviço de inteligência israelense, disse à Rádio Israel que a eleição de Rohani "é o maior revés que Khamenei sofreu desde que chegou ao poder". O resultado da votação, segundo Halevy, expressa a "raiva e frustração" do povo iraniano por causa do efeito das sanções internacionais que atingiram com força o país, como resultado da política nuclear de Khamenei.

Para Netanyahu, porém, "nós, israelenses não estamos nos iludindo" com a eleição de Rohani. "O Irã será julgado por suas ações", disse ele. "Se continuar a insistir no desenvolvimento de seu programa nuclear, a resposta deve ser clara - para detê-lo de qualquer forma."

Acredita-se que Israel seja o único país do Oriente Médio com um arsenal nuclear. O governo israelense já indicou que pode adotar uma ação militar contra o Irã se as sanções e a diplomacia internacional não levarem a uma mudança na sua política nuclear. Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, alertou contra qualquer ataque isolado e dizem que ainda há tempo para persuadir o Irã por meios pacíficos.

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