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Oriente Médio

Netanyahu obtém apoio de ultra-ortodoxos e centristas para formar governo

29 abr 2015 - 12h36
(atualizado às 12h36)
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alcançou acordos com o partido de centro-direita Kalunu e os ultra-ortodoxos do Judaísmo Unido da Torá que o situam mais perto de seu objetivo de formar um governo nos próximos dias.

Após semanas de negociações com os partidos que obtiveram representação no parlamento israelense (Knesset) nas últimas eleições gerais de 17 de março, Netanyahu conseguiu garantir o apoio das duas primeiras forças políticas que pavimentarão o caminho para seu Executivo.

O primeiro a estender a mão foram os ultra-ortodoxos de Judaísmo Unido da Torá (JUT), que oferecerão o apoio de suas seis cadeiras na câmara em troca de que seu presidente, Yaakok Litzman, seja vice-ministro de Saúde, enquanto os outros líderes da coalizão se transformarão em vice-ministro de Educação e presidente da Comissão Financeira da Knesset.

Além disso, Netanyahu se comprometeu a congelar uma série de reformas empreendidas pelo anterior Executivo sobre recortes econômicos entre a comunidade ultra-ortodoxa, modificar as reformas nas leis de conversão e na lei de alistamento universal, que pela primeira vez forçava os haredim (ultra-ortodoxos) a entrar no Exército, medida que causou uma rejeição em massa entre os clericais.

Depois deste anúncio, o site do "Yedioth Ahronoth" informou hoje sobre a segunda aliança assegurada para o líder do Likud, com o Kulanu, de Moshé Kahlon, que lhe proporcionam outros 10 cadeiras.

Somadas as 6 cadeiras do Judaísmo Unido da Torá e as 30 que o Likud conseguiu no pleito, Netanayahu fica a 15 cadeiras de constituir o governo.

Como apontavam os rumores, Kahlon ficará responsável pela pasta de Finanças, enquanto seu partido será o encarregado de tramitar os ministérios de Habitação e Construção, e Meio ambiente.

A formação centrista presidirá também o Comitê de Trabalho e Assuntos Sociais, além de receber o controle da Administração de e Terras de Israel e a disputada Comissão Nacional de Planejamento, demandada pelos religiosos do Shas e que tinha bloqueado o pacto com Kahlon até agora.

Em 20 de abril, o chefe do Estado israelense, Reuven Rivlin, concedeu a Netanyahu uma prorrogação de duas semanas para completar a formação de seu próximo Executivo, que foi atrasado pelos obstáculos e exigências nas negociações com os partidos.

Ficam pendentes os possíveis acordos com alguns das formações com representação parlamentar, entre eles, os direitistas de Lar Judaico, do dirigente Naftali Bennett, e Israel Nosso lar, do atual chanceler, Avigdor Lieberman, e os ultra-ortodoxos Shas.

EFE   
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