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Oriente Médio

Negociações marcam último dia da conferência de revisão do TNP

28 mai 2010 - 14h18
(atualizado às 15h17)
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As delegações dos 189 países signatários do Tratado de Não-Proliferação (TNP) intensificaram nesta sexta-feira suas negociações para terminar no prazo previsto a conferência de revisão dessa convenção.

O principal obstáculo são as diferenças entre alguns países ocidentais e as delegações árabes sobre a criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio à qual os países do TNP já tinham se comprometido em uma resolução em 1995 que nunca foi implementada, disseram fontes diplomáticas.

Além disso, acrescentaram que os países conseguiram um amplo consenso sobre a possibilidade de convocar uma conferência regional sobre este assunto em breve, mas as divergências residem no formato do mesmo.

Alguns países querem dar maior relevância às ambições nucleares do Irã, enquanto o grupo de nações árabes, com o respaldo do Movimento dos Não-Alinhados, buscam pôr em evidência o suposto arsenal de Israel, cuja existência nunca foi confirmada nem desmentida pelo Estado judeu.

Israel não é signatário do TNP, como também não são as potências nucleares declaradas como o Paquistão e a Índia - a Coreia do Norte abandonou o TNP em 2003.

O presidente da conferência, o filipino Libran Cabactulan, entregou uma minuta de compromisso de 28 páginas aos 189 signatários do TNP. Na reta final da conferência o documento é negociado intensamente para evitar o fracasso da edição anterior do fórum, em 2005.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu na quinta-feira aos países que se esforcem para avançar nos três pilares do tratado, que são o desarmamento das potências nucleares, a não-proliferação e o uso civil da energia nuclear.

"É o momento de ser pragmáticos e pactuar soluções que sirvam aos interesses de toda a comunidade de nações", acrescentou em carta às delegações o responsável sul-coreano das Nações Unidas, que se encontra hoje no Brasil no fórum da Aliança de Civilizações.

Os países signatários do TNP, que entrou em vigor em 1970, se comprometem a usar seu potencial nuclear só com fins pacíficos, enquanto garante que as cinco potências atômicas oficiais (EUA, Grã-Bretanha, França, China e Rússia) reduzirão de forma gradual seus arsenais nucleares até eliminá-los.

EFE   
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