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Oriente Médio

Negociações com o Irã devem ser retomadas no mês que vem

Segundo diplomata que pediu anonimato, nações não chegaram (e não devem chegar tão cedo) a um acordo

24 nov 2014 - 11h53
(atualizado às 11h55)
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<p>Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e os chanceleres Philip Hammond, da Grã-Bretanha, Sergei Lavrov, da Rússia, Javad Zarif, do Irã, Frank-Walter Steinmeier, da Alemanha, Laurent Fabius, da França, a representante da União Europeia, Catherine Ashton, e o chanceler chinês, Wang Yi (da direita para esquerda), durante encontro em Viena</p>
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e os chanceleres Philip Hammond, da Grã-Bretanha, Sergei Lavrov, da Rússia, Javad Zarif, do Irã, Frank-Walter Steinmeier, da Alemanha, Laurent Fabius, da França, a representante da União Europeia, Catherine Ashton, e o chanceler chinês, Wang Yi (da direita para esquerda), durante encontro em Viena
Foto: Leonhard Foeger / Reuters

O Irã e seis potências mundiais devem adiar as negociações sobre a questão nuclear, cuja última etapa acontece nesta segunda-feira, e retomá-las no mês que vem, possivelmente em Omã, uma vez que os diálogos ainda não resultaram em um acordo, disse uma fonte próxima às conversas.

De acordo com a fonte, os detalhes sobre o adiamento e a retomada das negociações ainda estão sendo discutidos, mas o Irã não espera nenhuma suspensão de sanções por enquanto.

"Algum progresso tem sido feito", disse o diplomata. "Mas precisamos discutir algumas questões em nossas capitais. Vamos nos reunir novamente antes do novo ano. Esse é um processo em curso", completou. 

As conversas em Viena, comandadas por Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China, eram destinadas a assegurar um acordo sob o qual as sanções contra o Irã seriam gradualmente suspensas enquanto o país controlaria seu programa nuclear.

O custo de um fracasso em se alcançar um acordo pode ser alto. Os inimigos regionais do Irã, Israel e Arábia Saudita, acompanham com atenção as negociações em Viena. Ambos temem que um acordo pouco rígido não tenha capacidade de restringir as ambições nucleares de Teerã, enquanto um colapso nas negociações encorajaria o Irã a se tornar um Estado nuclear, algo que Israel costuma afirmar que nunca irá permitir.

Torna-se cada vez mais claro, após uma semana de intensas negociações entre diplomatas dos EUA e Irã, que um acordo final está distante de ser alcançado dentro do prazo estabelecido pelas partes, que expira nesta segunda-feira à noite.

Um representante europeu disse que o fechamento de um acordo final "parece fisicamente impossível", repetindo comentários feitos no domingo por autoridades iranianas.

No entanto, uma fonte próxima à equipe de negociação iraniana disse que eles ainda estão focados em alcançar um acordo, segundo a agência de notícias estatal iraniana Irna.

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