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Oriente Médio

Mujica quer abordar mudanças do Mercosul com Chávez em cúpula

5 nov 2012 - 14h56
(atualizado às 15h53)
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O presidente do Uruguai, José Mujica, quer se reunir com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante a Cúpula Ibero-Americana de Cádiz, na Espanha, para analisar formas de conseguir uma "verdadeira integração" dentro do Mercosul. Fontes da presidência uruguaia ratificaram que Mujica partirá na próxima semana para a cidade no sul do território espanhol, rumo à reunião ibero-americana entre os dias 16 e 17 de novembro, e que lá pretende ter um contato com o líder venezuelano.

O presidente uruguaio José Mujica aparece em foto de arquivo durante visita à Argentina
O presidente uruguaio José Mujica aparece em foto de arquivo durante visita à Argentina
Foto: AFP

"Viajará para Cádiz e sua intenção é se reunir com Chávez", disseram as fontes, que não descartaram uma breve visita de Mujica à Venezuela em seu retorno da Espanha, se lá não puder falar com Chávez, se este não for à cúpula. "Existe a vontade de, eventualmente, em caso de não encontrar com Chávez lá, voltar por Caracas".

Mujica declarou nesta segunda ao jornal uruguaio La República que tem "a preocupação e o interesse de abordar com Chávez uma discussão séria e profunda sobre o Mercosul". "O que vou perguntar e me pergunto é quando chegará o dia em que vai haver políticas convergentes no Mercosul", disse ao veículo. Para o governante, um ex-guerrilheiro de 77 anos que pertence à esquerdista Frente Ampla, não é possível que a relação dentro do bloco "se reduza a uma simples troca comercial". "Devemos voltar à discussão para conseguir uma verdadeira integração", acrescentou.

Mujica considera ainda que o Mercosul "não é um projeto congelado, mas uma atitude militante de integração", em que talvez seja preciso "modificar regulamentos ou documentos, ou sair da questão sobre se existe um TLC (Tratado de Livre-Comércio) com fulano ou beltrano".

O Mercosul atravessou neste ano uma de suas crise mais graves depois que três de seus quatro membros originais, Brasil, Argentina e Uruguai, decidiram suspender o quarto, Paraguai, devido à destituição do presidente Fernando Lugo pelo Congresso de seu país. A destituição de Lugo, considerada por essas nações como "golpe de estado parlamentar" pela rapidez com que aconteceu, embora a ação esteja prevista na Constituição, permitiu a entrada da Venezuela no bloco, que estava engessada justamente pela recusa do Senado paraguaio.

EFE   
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