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Oriente Médio

Morte de Ariel Sharon repercute na imprensa internacional

O ex-primeiro-ministro viveu em meio a controvérsia desde seus dias como militar e ministro até chegar à chefia do governo israelense, em 2001

11 jan 2014 - 11h58
(atualizado às 12h09)
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O site do The New York Times considerou Ariel Sharon um "defensor feroz de um Israel forte"
O site do The New York Times considerou Ariel Sharon um "defensor feroz de um Israel forte"
Foto: Reprodução

Jornais do mundo inteiro repercutiram neste sábado a morte do ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, considerado um dos principais personagens da história política e militar de Israel e centro de diversas polêmicas ao longo das décadas. Ele morreu depois de oito anos em coma, alguns dias depois de uma insuficiência renal que afetou vários de seus órgãos vitais. Aos 85 anos, Sharon estava internado desde 2006 no centro médico de Sheba, em Tel Aviv.

O americano The New York Times classificou o ex-premiê como "defensor de Israel, um campeão do sionismo e general imperdoável. Classificando-o como um dos líderes mais influentes da história de israel, o site do periódico descreveu que Sharon foi vilanizado e admirado pela sua crença de que os judeus devem assegurar e proteger suas necessidades como povo, sem temer a censura. 

A CNN destacou a avaliação negativa de Ariel Sharon, perguntando se ele é, afinal, um herói ou um açougueiro. Descrito como soldado e homem de Estado, o político israelense ficou conhecido ao aparecer como um líder político e militar que colocou a segurança de Israel acima de tudo. Ele se provou um líder destemido que fazia o que tinha de ser feito, na avaliação da rede de televisão americana.

O britânico The Guardian considerou que a morte de Sharon, após oito anos em estado vegetativo, foi menos uma surpresa para a população israelense do que a notícia de seu derrame cerebral em 2006, no auge de sua atuação como primeiro-ministro. Mais do que uma fonte viva da história, o ex-premiê foi um político extremamente sagaz que conhecia o pulsar da sociedade israelense melhor que ninguém, na avaliação do Guardian. Sua passagem de personagem bélico a pacifista também foi analisada.

Sem muito destaque, o espanhol El País considerou Sharon um general feroz de larga experiência, a quem se atribuem grandes feitos estratégicos que permitiram a Israel vencer a guerra contra o Egito e a Síria em 1973, na Guerra do Yom Kipur. 

Para o argentino Clarín, Sharon foi o "pai das colônias israelenses em terras palestinas". O jornal destacou que, em sua vasta carreira militar, o ex-primeiro-ministro marcou profundamente a história do Oriente Médio, causando ao mesmo tempo admiração - por seus feitos bélicos e participação na política - e temor - por suas ideias e meios de colocá-las em prática.

O El Mundo afirmou que Sharon foi um dos personagens mais odiados e temidos do mundo árabe. O jornal lembra que, em 2005, ele surpreendeu o mundo com a decisão histórica de retirar 9 mil soldados da Faixa de Gaza - quando, pela primeira vez, foi vilipendiado pela direita que antes incentivou. Os mesmos nacionalistas que garantiram a ele o apelido de "bulldozer" no passado, informa o jornal, não perdoariam sua "traição".

Veja a trajetória do ex-premiê israelense Ariel Sharon em fotos

Fonte: Terra
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