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Oriente Médio

Missão de resgate de migrantes da UE tem que chegar mais perto da Líbia, diz Anistia

25 abr 2015 - 16h41
(atualizado às 16h41)
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Os esforços europeus para salvar as vidas dos migrantes que vêm se afogando no Mar Mediterrâneo devem envolver operações de busca e resgate próximas das praias da Líbia, declarou a Anistia Internacional neste sábado, enquanto centenas de pessoas chegavam à Itália vindas do norte da África.

A União Europeia foi obrigada a agir na semana passada em reação a um naufrágio que matou mais de 700 pessoas, e prometeu triplicar o orçamento de sua missão naval, que substituiu a mais abrangente operação de resgate italiana Mare Nostrum.

Devido às diferenças de opinião quanto às políticas imigratórias, entretanto, a Operação Tritão da UE não tem um mandato explícito para buscar e resgatar migrantes perto da costa da Líbia, onde a Mare Nostrum realizou grande parte de seu trabalho no ano passado.

“Só vemos essa missão patrulhando nas proximidades das fronteiras da Itália. Mas todos aqueles barcos que vimos afundarem navegam mais longe, portanto mais perto da Líbia, e estes barcos simplesmente não estão chegando àquela área”, disse o vice-diretor da Anistia Internacional para a Europa, Gauri Van Gulik.

A tragédia de domingo passado elevou o saldo de mortes no mar este ano para 1.800, ou quase o dobro do anterior, e está sendo considerada o desastre mais mortífero em décadas de migração através do Mediterrâneo.

    O suposto capitão tunisiano da embarcação condenada está sendo acusado de provocar a colisão do barco de pesca com um navio mercante português que vinham em seu socorro. Acredita-se que os passageiros correram para um lado do barco, o que causou seu afundamento.

O irmão do acusado disse à Reuters neste sábado que ele mesmo é um migrante e que foi forçado a pilotar o barco sob a mira de uma arma por ter experiência como pescador.

Van Gulik afirmou que o processo de resgate tem seus próprios riscos e que muitos dos navios mercantes encaminhados pela guarda costeira para ajudar os barcos em dificuldades carecem de equipamento e treinamento para realizar salvamentos.

No final da sexta-feira, a guarda costeira da Itália declarou ter resgatado 228 migrantes em duas operações a cerca de 64 quilômetros da costa líbia, e que também coordenou o resgate de 80 outras pessoas de barcos pesqueiros em águas tunisianas.

Mais de 300 pessoas foram levadas ao porto siciliano de Augusta na tarde deste sábado.

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