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Oriente Médio

Ministro nega que Rússia tenha aumentado presença militar na Síria

10 set 2015 - 11h59
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou nesta quinta-feira que o país tenha aumentado sua presença militar na Síria, como apontam fontes ocidentais.

"Nossa presença militar nunca foi um segredo. Nossos especialistas militares trabalham lá, ajudando o exército sírio a se adaptar ao nosso armamento. A Rússia não está adotando nenhum passo adicional", disse em entrevista coletiva.

Lavrov acrescentou que, "caso seja necessário, estes passos seriam dados plenamente de acordo com a legislação nacional e as normas internacionais".

"E, certamente, exclusivamente a pedido e de acordo com o governo sírio e os governos de outros países da região, se trata de ajudá-los na luta contra o terrorismo", disse.

O ministro confirmou que, "nos aviões fretados com destino à Síria, a Rússia envia produção militar em consonância com contratos vigentes e ajuda humanitária".

Devido aos temores de que os aviões transportem armamento e tropas, a Bulgária fechou seu espaço aéreo para aviões russos com destino ao país árabe nesta semana.

O chefe da diplomacia russa insistiu que o exército sírio é que carrega a maior responsabilidade na luta contra o Estado Islâmico (EI) e outros grupos terroristas.

O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu que Moscou fornece armamento à Síria e também ao Irã para combater o terrorismo jihadista, mas negou planos de mobilização de tropas ou o uso da aviação para bombardear as posições do EI.

Segundo a imprensa americana, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, manifestou a Lavrov no fim de semana passado sua preocupação sobre uma possível intervenção militar russa no país árabe.

De acordo com essa versão, a Rússia teria aumentado o fornecimento de armamento pesado a Damasco e estaria preparando o terreno para uma intervenção militar. O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, negou mudanças na cooperação militar com a Síria, seja no status da base naval de Tartus ou no fornecimento de armamento.

"Comparado a exercícios anteriores, a atual cooperação técnico-militar com a Síria é bastante modesta", comentou Bogdanov.

EFE   
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