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Oriente Médio

Médicos Sem Fronteiras estão otimistas com diagnóstico mais rápido para Doença de Chagas

13 mai 2015 - 18h18
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Por Anastasia Moloney

BOGOTÁ (Thomson Reuters Foundation) - Pesquisadores expressaram otimismo com a perspectiva de aprovação de um teste rápido para a Doença de Chagas no começo do ano que vem, o que revolucionaria o diagnóstico e garantiria um tratamento mais veloz para a moléstia que afeta sete milhões de pessoas, a maioria na América Latina, informou a entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF).

A Doença de Chagas, que mata 12 mil pessoas por ano, é transmitida por um inseto conhecido como barbeiro, que é endêmico na América Latina e que se oculta nas casas de barro nas quais vivem muitos dos pobres das áreas rurais da região.

Os profissionais dos Médicos Sem Fronteiras afirmam que a doença parasitária é difícil de detectar, que só cinco por cento dos infectados foram diagnosticados ou tratados, e que novos remédios não são desenvolvidos há 40 anos.

“Hoje um grande obstáculo para o tratamento de pessoas em áreas rurais é que muitas vezes elas precisam viajar a um hospital de uma grande cidade para fazer um exame de sangue. O diagnóstico exige um certo grau de conhecimento e tempo”, explicou o doutor Martin Cazenave, chefe da missão do MSF na Bolívia, que tem a maior incidência de Chagas nas Américas.

Os médicos têm esperança de que o tempo para se diagnosticar a doença possa ser reduzido das semanas ou meses atuais para alguns minutos, e com precisão, em resultado de uma pesquisa realizada pela MSF e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Isso poderia revolucionar a abordagem do diagnóstico, porque você consegue uma confirmação em 15 minutos e não precisa de um laboratório e de técnicos especializados. Qualquer um em uma clínica de saúde rural pode confirmar Chagas usando testes rápidos”, afirmou Cazenave à Thomson Reuters Foundation em uma entrevista por telefone.

Desde 2010, pesquisadores avaliaram 11 testes rápidos para Chagas e descobriram seis altamente eficazes e confiáveis, cujos resultados foram publicados no periódico Journal of Clinical Microbiology, informou a MSF.

    Agora os seis testes estão sendo avaliados em quase duas mil pessoas em cinco países latino-americanos, parte da segunda fase da pesquisa que deve ser finalizada até o final deste ano.

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