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Oriente Médio

Mais da metade dos mortos em Gaza eram civis, diz ONG

9 set 2009 - 10h23
(atualizado às 10h46)
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Uma entidade israelense de direitos humanos disse nesta quarta-feira que mais de metade dos palestinos mortos na guerra de Gaza eram civis, o que contradiz as estatísticas militares de Israel, segundo a qual a maioria das vítimas era composta de militantes.

Os números divulgados pela organização não-governamental B'Tselem corroboram relatos de grupos como Anistia Internacional e Centro Palestino para os Direitos Humanos com relação à ofensiva israelense de 22 dias, entre dezembro e janeiro.

Em seu novo relatório, o B'Tselem disse que 1.387 palestinos morreram na guerra ¿ sendo 773 civis, 330 combatentes, 248 policiais do Hamas e 36 pessoas que o grupo não conseguiu classificar como combatentes ou não-combatentes.

Entre os civis mortos, o B'Tselem disse que havia 320 menores de 18 anos.

Os militares israelenses dizem que 1.166 palestinos morreram durante a ofensiva, sendo 709 combatentes, 295 civis e 162 pessoas cujo status não foi identificado.

Em nota, o B'Tselem disse que seus pesquisadores haviam visitado casas de Gaza para colher testemunhos e recolher documentos. O grupo pediu ao governo israelense que inicie uma investigação independente da guerra.

"O número extremamente pesado de vítimas civis e os enormes danos à propriedade civil exigem uma séria introspecção por parte da sociedade israelense", disse o B'Tselem.

A tenente-coronel Avital Leibovich, porta-voz militar israelense, disse em resposta às conclusões do B'Tselem que o grupo "não têm as ferramentas nem as capacidades de inteligência" para oferecer um quadro completo do número de vítimas.

A guerra também matou 13 israelenses. Israel diz que realizou essa ofensiva para impedir militantes islâmicos de lançaram ataques com foguetes contra o seu território, e que as operações obedeceram às leis internacionais de guerra, com a preocupação de minimizar o número de vítimas civis.

O B'Tselem diz ter como missão documentar e educar a opinião pública e as autoridades de Israel a respeito de violações dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados por Israel.

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