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Oriente Médio

Mais 20 assentamentos israelenses na Cisjordânia receberão ajuda

4 ago 2013 - 14h10
(atualizado às 14h23)
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O governo de Israel adotou neste domingo um novo plano destinado aos locais considerados prioritários, incluindo mais 20 colônias da Cisjordânia à última lista, elaborada em 2009, informaram fontes oficiais.

As centenas de localidades que aparecem na lista recebem subsídios do governo israelense para moradia, infraestrutura, educação, atividades culturais e despesas ligadas à segurança.

Entre os novos assentamentos que receberão benefícios estão áreas situadas fora dos grandes blocos de colônias que têm seu controle exigido por Israel em caso de acordo de paz com a Palestina, informou o jornal Haaretz.

Três colônias selvagens (Rehelim, Sansana, Bruchin) -- construídas sem o aval oficial das autoridades israelenses mas legalizadas pelo governo de Netanyahu antes das eleições legislativas de janeiro -- também aparecem na lista.

Entrevistado pela AFP, um funcionário do gabinete do primeiro-ministro afirmou que "o fato de estar nesta lista não é suficiente para que as colônias situadas depois da linha verde (na Cisjordânia) sejam beneficiadas do status de zona prioritária".

"Para que isso ocorra, é preciso uma decisão do poder político, ao contrário do que acontece em outras regiões (situadas em território israelense)", explicou o funcionário, que pediu anonimato.

Netanyahu insistiu no fato de que Jerusalém -- incluindo a parte oriental da cidade anexada por Israel onde vivem cerca de 200.000 israelenses --, "está sempre na nossa lista prioritária", segundo comunicado do gabinete do Premier.

Segundo o jornal Haaretz, a maior parte das novas colônias escolhidas pelo governo é reduto do "Lar Judaico", partido nacionalista da coalizão liderado pelo ministro da Economia, Naftali Bennett, partidário da colonização e hostil à criação do Estado palestino.

Durante votação no governo, quatro ministros, entre eles a ministra da Justiça, Tzipi Livni, se abstiveram. Livni é encarregada das negociações de paz com os paletsinos, retomadas no final de julho após três anos de impasse.

Netanyahu se recusou a decretar publicamente uma suspensão dos assentamentos israelenses, como pleiteavam os palestinos antes da volta das negociações.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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