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Oriente Médio

Maior parte dos moradores de Palmira deixou a cidade, diz ativista sírio

24 mar 2016 - 11h49
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A maioria dos civis que morava na monumental cidade síria de Palmira foi embora perante a proximidade dos enfrentamentos entre o Exército sírio e o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que acontecem nos arredores, apontou o ativista Abdul Majid Manjuneh.

"Até ontem, restavam 5 mil pessoas na cidade, hoje não resta ninguém", disse à Agência Efe pela internet Manjuneh, que é membro da Coordenação da Revolução, na cidade de Palmira, uma organização de ativistas que opera na região.

Ele não está dentro da cidade, mas mantém contato com integrantes de sua organização que estão. Conforme disse, o EI retirou os moradores em vários veículos e os levou a Al Raqqa, principal reduto dos radicais na Síria, e a áreas seguras do deserto.

"Os que permanecem em Palmira são aqueles que não tiveram meios para sair", acrescentou Manjuneh, que destacou que a situação é crítica pela intensidade dos bombardeios.

Ele acrescentou que a cidade, localizada nos arredores, sofreu danos pelos ataques aéreos, especialmente de barris de explosivos.

Segundo as autoridades sírias, o Exército avançou até a entrada sul de Palmira, onde retomou o controle de Al Zira e do Hotel Dedeman, na periferia.

De acordo com Manjuneh, os soldados recuperaram hoje o domínio do Monte Al Tar, situado a três quilômetros ao oeste da cidade, e pontos do monte Al Hian, cinco quilômetros ao sudoeste.

O EI conquistou Palmira, cujas ruínas são Patrimônio Mundial da Unesco, em 20 de maio do ano passado, após uma ofensiva na qual tomou amplas partes do leste da província de Homs, na fronteira com o Iraque.

O grupo terrorista está excluído do cessar-fogo iniciado no território sírio em 27 de fevereiro e ainda vigente entre o governo de Damasco e a Comissão Suprema para as Negociações (CSN), a principal aliança opositora. O EI proclamou em junho de 2014 um califado na Síria e no Iraque e conquistou partes do norte e do centro de ambos os países.

EFE   
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