PUBLICIDADE

Oriente Médio

Lula defende participação brasileira em negociações com Irã

22 abr 2010 - 16h56
(atualizado às 16h59)
Compartilhar
Sandro Lima
Direto de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quinta-feira a participação brasileira em torno das negociações sobre o programa nuclear iraniano. "Na Constituição (do Brasil) está prevista a proibição de armas nucleares. Nós temos autoridade moral e política para discutir este assunto com quem quer que seja. A paz não é privilégio de um ou outro país, é de todos que praticam cotidianamente a paz. Por isso estamos muito interessados", afirmou.

Após reunir-se com o presidente do Líbano, Michel Sleiman, no Itamaraty, em Brasília, Lula disse que "o Brasil defende que o Irã tenha o direito de produzir energia nuclear para fins pacíficos". Lula afirmou que sua visita a Teerã, capital do Irã, no mês de maio, será importante para alcançar a paz. "Estou convencido de que a paz está ao nosso alcance. É com a mesma confiança no diálogo que irei em maio a Teerã".

O Irã afirma que desenvolve um programa nuclear com fins pacíficos. O governo americano busca apoio internacional para impor sanções ao Irã, pois avalia que aquele país trabalha para desenvolver a bomba atômica. A posição do governo brasileiro é contrária à retaliação ao Irã.

O presidente Lula e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, têm dito que o diálogo com o Irã é o melhor caminho. Tal posição, de defesa do diálogo com o Irã, segundo o presidente, será levada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Para que se construa a paz é preciso resolver problemas no Oriente Médio e entre o Conselho de Segurança e o Irã. Por isso queremos encontrar uma saída negociada", disse. "Essa é a agenda de paz que nossos países estão levando ao Conselho de Segurança", completou.

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, inicia nesta quinta-feira uma viagem com destino a Teerã, para preparar a visita do presidente Lula. Antes, Amorim passa por Istambul, na Turquia, e Moscou, na Rússia, para ajustar posições com o governo daqueles países a respeito do programa nuclear iraniano.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade