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Oriente Médio

Kerry promete plano de paz justo ao Oriente Médio

Secretário de Estado americano desembarcou na Jordânia neste domingo

5 jan 2014 - 09h09
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Kerry desembarca em aeroporto de Amã, na Jordânia, neste domingo
Kerry desembarca em aeroporto de Amã, na Jordânia, neste domingo
Foto: Reuters

O secretária de Estado americano John Kerry continua neste domingo sua missão de paz no Oriente Médio, com visitas a Jordânia e a Arábia Saudita, tradicionais aliados dos Estados Unidos, depois de três dias de conversações com israelenses e palestinos sem sinais de avanços.

"Posso garantir a todas as partes que o presidente Barack Obama e eu estamos empenhados em propor ideias que sejam justas e equilibradas" para "melhorar a segurança de todos os povos", declarou Kerry a repórteres neste domingo antes de partir de Jerusalém. "O caminho está mais claro. O quebra-cabeça está sendo montado e as difíceis decisões que precisam ser tomadas são mais evidentes para todos", disse Kerry, que reconheceu que isso poderá levar tempo.

O secretário americano chegou na manhã deste domingo em Amã, onde se reunirá com o rei Abdullah II, antes de voar para a Arábia Saudita para se reunir com líderes sauditas, a fim de analisar a situação e discutir sobre o que será feito nos próximos dias.

A monarquia hachemita da Jordânia, guardiã dos locais santos muçulmanos em Jerusalém e segundo país árabe a assinar um acordo de paz com Israel, faz fronteira com a Cisjordânia. O rei Abdullah da Arábia Saudita também ocupa um lugar estratégico, sendo o autor da iniciativa de paz da Liga Árabe.

Durante este novo giro pela região, o décimo desde março, Kerry apresentou a israelenses e palestinos um projeto de "acordo-quadro", no qual traçou os contornos de um acordo final sobre as fronteiras, a segurança, o status de Jerusalém e o futuro dos refugiados palestinos.

As autoridades americanas não revelaram os detalhes do texto, que tem poucas chances de ser aprovado por ambas as partes em conflito, enquanto Kerry falou de "progressos" nas negociações após a maratona de reuniões desde quinta-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Israel rejeitou a proposta dos Estados Unidos para garantir a segurança no vale do Jordão, na fronteira entre a Cisjordânia e Jordânia, onde Israel tem a intenção de manter uma presença militar no caso de um futuro Estado palestino.

"A segurança deve continuar em nossas mãos. Quem defende uma solução que consiste em mobilizar uma força internacional, policiais palestinos ou meios tecnológicos, não entende nada sobre o Oriente Médio", considerou neste domingo o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yuval Steinitz.

Os palestinos, por sua vez, insistem no fim à ocupação de seu território, mas aceitam o envio de uma força internacional, uma opção rejeitada por Israel, que também exige que o Estado palestino seja desmilitarizado.

De acordo com a imprensa árabe e israelense, os Estados Unidos haviam proposto a manutenção das forças israelenses na fronteira entre a Cisjordânia e a Jordânia por 10 ou 15 anos após a assinatura de um tratado de paz.

Em Jerusalém, o secretário de Estado também disse que os Estados Unidos apoiam o Iraque em sua luta contra os militantes ligados à Al-Qaeda, mas que o combate no campo de batalha é da responsabilidade do governo iraquiano.

"Vamos ajudá-los em sua luta, mas é uma luta que, finalmente, terá que ser vencida por eles e eu tenho a certeza de que são capazes", declarou Kerry no dia seguinte que o Estado Islâmico no Iraque e do Levante (EIIL), grupo ligado à al-Qaeda no Iraque, assumiu o controle total da cidade iraquiana de Fallujah.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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