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Oriente Médio

Em Amã, Kerry pede cooperação de Assad e sinaliza mais apoio a rebeldes

22 mai 2013 - 13h04
(atualizado às 16h44)
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Kerry participa de coletiva de imprensa em Amã junto do chanceler da Jordânia, Nasser Judeh
Kerry participa de coletiva de imprensa em Amã junto do chanceler da Jordânia, Nasser Judeh
Foto: AFP

O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu nesta quarta-feira ao presidente sírio, Bashar al-Assad, que se comprometa para conseguir a paz e advertiu que, se não estiver disposto a negociar, os Estados Unidos aumentarão o apoio aos rebeldes.

Em entrevista coletiva em Amã, onde acontece a reunião do grupo denominado Amigos da Síria, Kerry ressaltou que se não for realizada a segunda conferência de Genebra, proposta por Washington e Moscou para sentar na mesa de negociações o regime e a oposição, a violência se recrudescerá na Síria.

"Se não pudermos usar essa via para avançar, se o regime de Assad for reticente em negociar (os acordos de Genebra de junho) de boa fé, nós falaremos também de nosso apoio crescente à oposição para permitir que continue sua luta pela liberdade", advertiu o chefe da diplomacia dos EUA.

Kerry ressaltou que o importante agora é implementar os acordos da primeira reunião de Genebra e criar um governo de transição com plenos poderes executivos.

O representante da Casa Branca reconheceu que essa via é "complexa" e que "é preciso conseguir um equilíbrio entre os diferentes interesses, mas ressaltou que estão comprometidos a unificar posturas para que o executivo seja formado.

Kerry se mostrou disposto a "explorar todas as possibilidades" nesta conferência de Amigos da Síria, que - lembrou - pretende estabelecer os fundamentos para a reunião de Genebra, para a qual ainda não foi definida data, mas que provavelmente vai acontecer no próximo mês.

Na entrevista coletiva, com chefe da diplomacia jordaniana, Nasser Yudeh, Kerry insistiu que o objetivo é frear o derramamento de sangue na Síria e que na chamada Genebra 2 será estudado como realizar a transição sobre o estipulado o ano passado na cidade suíça.

Interrogado pelo papel de Assad nessa transição, Kerry se perguntou se alguém que assassinou mais de 70 mil pessoas e usou tanques e mísseis contra mulheres e crianças, entre outras ações, tem legitimidade para dirigir seu país.

Sobre a regionalização do conflito, afirmou que o apoio ao regime sírio no terreno do grupo xiita libanês Hezbollah e do Irã está "contribuindo significativamente para a violência".

"O papel do Hezbollah é destrutivo", disse Kerry, que acrescentou que esses apoios externos fomentam "as tensões sectárias e perpetuam a campanha de terror do regime contra seu povo".

Na reunião de hoje na Jordânia, estão presentes EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Catar, assim como o presidente interino da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), de oposição, George Sabra.

EFE   
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