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Oriente Médio

Kerry apresentará em Israel e Ramala propostas de acordo de paz

31 dez 2013 - 01h40
(atualizado às 01h41)
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, apresentará suas propostas para a minuta do acordo de paz definitivo entre israelenses e palestinos durante sua viagem a Israel e Ramala nesta semana, informou  o Departamento de Estado. Kerry viajará para a região no dia 1º de janeiro e se reunirá em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e em Ramala com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

A visita vai durar "vários dias" e nela o chefe da diplomacia americana "conversará com os dois líderes sobre a proposta de minuta para as negociações" de paz que começaram no último mês de julho em Washington, conforme explicou aos jornalistas a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf. "Esta minuta serviria como diretriz para a negociação sobre o status permanente e abordaria todos os temas chave", acrescentou a porta-voz.

No início das negociações em julho, Kerry estabeleceu um prazo de nove meses - até abril ou maio de 2014 - para se chegar a um acordo de paz definitivo, e Marie confirmou hoje que, por enquanto, os Estados Unidos continuam confiantes em manter esse calendário, apesar do pequeno avanço conseguido até agora.

A minuta "não seria um acordo interino", mas "marcaria as diretrizes para todos os temas chave", como a questão das fronteiras e da segurança, "que farão parte das negociações definitivas", detalhou a porta-voz, que não prometeu que essa minuta será aprovada durante a viagem de Kerry.

A visita do secretário de Estado à região, a décima desde que assumiu o cargo em fevereiro, acontece logo após a libertação de 26 presos palestinos hoje, que cumpriam pena por crimes cometidos antes dos acordos de paz de Oslo de 1993.

"O secretário de Estado expressa seu apoio à decisão do primeiro-ministro Netanyahu de libertar os prisioneiros (palestinos)", disse hoje a porta-voz. "O compromisso do governo israelense de libertar os presos palestinos nos permitiu realizar o começo e o prosseguimento das negociações de status final, e acreditamos que este é um passo positivo no processo em geral", acrescentou Marie.

A funcionária do Departamento de Estado não quis, no entanto, fazer comentários sobre o anúncio do estabelecimento de mais assentamentos israelenses nos territórios palestinos que, segundo fontes oficiais citadas pela imprensa de Israel, vai acontecer pouco depois da libertação dos presos.

EFE   
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