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Oriente Médio

Kerry apoia Liga Árabe em processo de paz no Oriente Médio

30 abr 2013 - 18h58
(atualizado às 19h12)
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O secretário de Estado americano, John Kerry, celebrou nesta terça-feira a iniciativa anunciada ontem pela Liga Árabe para reativar sua iniciativa de paz lançada em 2002 para o Oriente Médio.

Nela, aceita-se um princípio de troca de territórios entre Israel e os palestinos.

"É um grande passo adiante", afirmou Kerry, em uma entrevista coletiva com o ministro de Assuntos Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, um dia depois de se reunir com vários ministros das Relações Exteriores de países da Liga Árabe.

"Ao contrário da proposta original, que apenas falava das linhas de 1967 e nada mais, (os países árabes) declararam ontem que estão dispostos a aceitar as fronteiras de 1967 com alguns ajustes que reflitam um acordo mútuo com base em uma troca de territórios", explicou Kerry.

"Acho que é muito significativo", reiterou o secretário. "Temos muito trabalho por fazer, muitos obstáculos a superar", completou.

Desde que assumiu o cargo em fevereiro, substituindo a secretária Hillary Clinton, Kerry multiplicou seus esforços para relançar o processo de paz entre israelenses e palestinos.

Durante a reunião de segunda, o primeiro-ministro e responsável pelas Relações Exteriores do Qatar, Hamad bin Jassim se mostrou favorável a uma "troca menor de territórios comparáveis e mutuamente aceita". Bin Jassim preside o comitê que lidera a iniciativa dos países árabes.

O governo israelense saudou nesta terça a iniciativa árabe para reativar as negociações de paz, bloqueadas desde setembro de 2010.

"Israel acolhe favoravelmente o estímulo dado pela Liga Árabe e pelo secretário de Estado ao processo político", reagiu uma autoridade do governo israelense.

As últimas negociações de paz já contemplavam uma troca de territórios, que permitiria que Israel conservasse os blocos das colônias mais povoadas.

Tanto os palestinos como a Liga Árabe exigem que o diálogo se baseie nas fronteiras de antes da guerra de 1967, o que é categoricamente rejeitado pelos israelenses.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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