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Oriente Médio

Potências fecham acordo para “cessar hostilidades” na Síria

11 fev 2016 - 23h12
(atualizado em 12/2/2016 às 08h47)
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Secretário de Estado norte-americano, John Kerry (d), e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, particiam de coletiva de imprensa após reunião do Grupo Internacional de apoio à Síria
Secretário de Estado norte-americano, John Kerry (d), e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, particiam de coletiva de imprensa após reunião do Grupo Internacional de apoio à Síria
Foto: EFE/Sven Hoppe

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, anunciou nesta quinta-feira que a comunidade internacional, incluindo a Rússia, concordou com um "ambicioso" objetivo de conseguir a cessação da violência na Síria em uma semana.

Kerry realizou estas declarações em entrevista coletiva com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, após o encontro de hoje em Munique (sul da Alemanha) do Grupo Internacional de Apoio à Síria.

O secretário de Estado americano ressaltou que só se poderá conseguir uma trégua duradoura na Síria e a melhora da ajuda humanitária à população civil se todas as partes envolvidas nas negociações trabalharem com a Rússia.

Kerry esclareceu que exigir a cessação da violência é mais efetivo que a busca de uma trégua, já que esta última tem implicações legais - condições prévias - que a primeira não tem.

Além disso, salientou que, enquanto em algumas ocasiões anteriores o grupo havia "encorajado" a alcançar uma trégua, desta vez se "decidiu especificamente um processo e um calendário, e se concordou em fazer tudo o que esteja" ao alcance dos países envolvidos para conseguir este objetivo.

Kerry antecipou, além disso, o compromisso de todos os países que formam o grupo para "acelerar e ampliar" de maneira imediata a entrega de ajuda humanitária à população civil na Síria.

O secretário de Estado destacou que este acordo será implementado ainda nesta semana e começará a ser aplicado nas áreas mais afetadas, as rurais, as remotas e as sitiadas, entre elas a cidade de Madaya, mas que acabará sendo colocado em prática em todas as regiões do país.

Lavrov, por sua parte, destacou como um dos avanços mais significativos do acordo alcançado em Munique a intenção da Rússia e da coalizão liderada pelos EUA de cooperar no âmbito militar.

"É uma mudança qualitativa que estamos pedindo há muito tempo e agora aplaudimos", comentou Lavrov.

EFE   
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