Jornalista do Washington Post é levado ao tribunal no Irã
Jason Rezaian e a esposa foram presos em julho de 2014 por razões que nunca foram esclarecidas
O caso do correspondente do jornal Washington Post, Jason Rezaian, detido há quatro meses, foi enviado ao tribunal revolucionário, anunciou nesta quarta-feira à noite o procurador geral de Teerã, citado pela agência Fars.
"Após o final da investigação, a ata de acusação foi redigida e o caso de Jason Rezaian foi enviado ao tribunal revolucionário", declarou o procurador geral de Teerã, Abbas Jafari-Dolatabadi, sem dar detalhes sobre as acusações.
Ele também acrescentou que a mãe de Rezaian, que está no Irã, pode encontrar seu filho em duas ocasiões.
O jornalista, de dupla nacionalidade americana e iraniana, trabalhava em Teerã desde 2012. Ele foi preso em 22 de julho com sua esposa, Yeganeh Salehi, uma jornalista libertada posteriormente após pagar fiança, por razões que nunca foram esclarecidas.
A detenção do correspondente foi prolongada em 60 dias no dia 4 de dezembro, segundo sua família.
O governo americano pediu em diversas ocasiões a libertação de Rezaian.
O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, declarou nesta quarta-feira que "o governo iraniano está fazendo o seu melhor para ajudar", mas que se trata "de um assunto judicial".
Zarif fez estas declarações em Genebra, onde encontrará o secretário de Estado americano, John Kerry, como parte das negociações nucleares entre o Irã e as potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha).