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Oriente Médio

Japão considera autêntico novo ultimato do EI sobre reféns

Novas exigências do grupo jihadista pedem a libertação da extremista islâmica Sajida al-Rishawi

29 jan 2015 - 03h35
(atualizado às 08h01)
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O Estado Islâmico pede libertação da iraquiana e mantém o piloto jordaniano como refém
O Estado Islâmico pede libertação da iraquiana e mantém o piloto jordaniano como refém
Foto: Twitter

O governo japonês considerou como autêntico nesta quinta-feira o novo ultimato divulgado pelo grupo Estado Islâmico (EI) em relação ao jornalista japonês e ao piloto jordaniano que os jihadistas mantêm como reféns.

Contas ligadas ao EI no Twitter publicaram hoje uma gravação de áudio na qual supostamente se escuta a voz do jornalista japonês Kenji Goto expondo as novas exigências do grupo jihadista, que pede a libertação da extremista Sajida al-Rishawi, que está detida na Jordânia, para não executar o japonês e o piloto jordaniano, ambos capturados na Síria.

"Analisando todas as informações, parece ser a voz de Goto, mas desconhecemos a data em que foi realizada a gravação", disse em entrevista coletiva o ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga.

"Estamos nos esforçando para conseguir libertá-lo o mais rápido possível porque acreditamos que está vivo", respondeu Suga ao ser questionado se o Executivo considera que o jornalista permanece com vida.

"Se Sajida al-Rishawi não estiver pronta para ser libertada, em troca de que se me perdoe a vida, na fronteira turca na quinta-feira, 29 de janeiro, ao pôr-do-sol, hora de Mossul, o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh será executado imediatamente", diz a gravação divulgada na internet.

Um porta-voz do governo japonês relatou à agência "Kyodo" que o Executivo estima que o pôr-do-sol mencionado na mensagem será por volta da meia-noite do Japão (13h de Brasília).

Ao contrário das mensagens anteriores, nas quais se via uma imagem fixa de Goto, nesta ocasião se vê um texto escrito em árabe acompanhado pela voz do jornalista lendo a mensagem em inglês.

Suga anunciou que o governo japonês manterá hoje uma nova reunião de emergência para tratar da crise e insistiu que Tóquio está mantendo "contatos próximos" com os países envolvidos, além de chefes de grupos étnicos e líderes religiosos da região.

O governo jordaniano disse nesta quarta-feira que está disposto a libertar a terrorista iraquiana se o grupo jihadista entregar, "são e salvo", o piloto jordaniano capturado na Síria. No entanto, não há provas de que Kasabeh esteja vivo.

Sajida al Rishawi está presa na Jordânia desde 2005 por participação no atentado mais sangrento da história recente do país.

EFE   
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