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Oriente Médio

Jacarta protesta contra execução de uma indonésia na Arábia Saudita

15 abr 2015 - 09h45
(atualizado às 09h45)
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Jacarta convocou o embaixador da Arábia Saudita para protestar contra a decapitação de uma empregada doméstica indonésia, condenada à morte por assassinato, e para saber o motivo da família e do consulado não terem sido informados da data da execução.

"O governo indonésio enviou uma nota de protesto ao governo saudita por não dar aos representantes indonésios ou da família nenhuma notificação prévia sobre a data da execução", afirma o ministério indonésio das Relações Exteriores em um comunicado.

O ministério do Interior saudita anunciou na terça-feira a execução de Sitti Zeineb em Medina, uma cidade sagrada para o islã na região oeste do país.

A empregada indonésia foi condenada à pena capital pelo assassinato em 1999 de uma saudita, Nora al-Morawba.

A Anistia Internacional criticou a execução da indonésia, que se acreditava que tinha distúrbios mentais e teria sido maltratada pela vítima, sua patroa.

Outras organizações de defesa dos direitos humanos também denunciaram a execução, ao mesmo tempo que pediram à Indonésia o abandono da pena de morte, no momento em que Jacarta prepara a execução de vários estrangeiros, incluindo um brasileiro, principalmente por condenações relacionadas ao tráfico de drogas.

O presidente indonésio, Joko Widodo, que recentemente rejeitou os pedidos de clemência para os condenados à morte estrangeiros em seu país, escreveu ao rei da Arábia Saudita para pedir aos filhos da vítima que perdoassem a assassina de sua mãe, já que a lei neste país permite alterar a condenação à morte por uma compensação financeira se a família da vítima aceitar.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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