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Oriente Médio

Israelenses e palestinos buscam acordo de paz em 9 meses

30 jul 2013 - 16h37
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Israelenses e palestinos tentarão chegar a um acordo de paz no prazo de nove meses, e os negociadores se encontrarão novamente dentro de duas semanas após a realização de uma "positiva" primeira rodada de diálogo, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, nesta terça-feira.

Assessores de alto escalão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e do presidente palestino, Mahmoud Abbas, tiveram nesta semana suas primeiras conversas desde 2010, mas focadas em grande parte na estrutura das negociações, e não na essência da disputa.

Falando após as reuniões, que incluíram uma sessão com o presidente norte-americano, Barack Obama, e o vice-presidente Joe Biden, e também negociações diretas entre os dois lados sem autoridades norte-americanas presentes, Kerry disse acreditar que a paz é possível, apesar dos obstáculos.

"Tenho o prazer de informar que nas conversas que tivemos ontem à noite e hoje de novo, tivemos reuniões construtivas e positivas", afirmou ele, junto à ministro da Justiça de Israel, Tzipi Livni, e o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat.

"Eu sei que o caminho é difícil. Não faltam céticos apaixonados. Mas com negociadores capazes, respeitados ... estou convencido de que podemos chegar lá", acrescentou. "Todas as questões centrais, e todas as outras questões, estão todas em cima da mesa de negociação."

Kerry, que tem sido persuadido pelos dois lados a retomar as negociações em uma enxurrada de visitas ao Oriente Médio durante seus menos de seis meses no cargo, pediu que israelenses e palestinos cheguem a "compromissos razoáveis".

Os Estados Unidos estão tentando intermediar um acordo para uma "solução de dois Estados", em que Israel existiria pacificamente ao lado de um novo Estado palestino criado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, territórios ocupados por Israel desde a guerra de 1967.

As principais questões a serem resolvidas nas negociações incluem fronteiras, o futuro dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, o destino dos refugiados palestinos e o status de Jerusalém.

O quarteto de mediadores do Oriente Médio fez um apelo a israelenses e palestinos nesta terça-feira para que evitem ações que prejudiquem as novas negociações de paz.

"O quarteto ... apela a todas as partes para que tomem todos os passos possíveis para promover condições favoráveis ao sucesso do processo de negociação e que se abstenham de ações que o comprometam", disse o grupo, formado por Estados Unidos, Rússia, Organização das Nações Unidas e União Europeia, em comunicado.

(Reportagem adicional de Adrian Croft, em Bruxelas)

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