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Oriente Médio

Israel recebe com frieza acusação de crimes de guerra

15 set 2009 - 13h00
(atualizado às 13h12)
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O Governo de Israel recebeu com frieza o relatório apresentado hoje por um Comitê da ONU que acusa o país, junto com a milícia do movimento islamita palestino Hamas, de ter cometido "crimes de guerra" durante sua ofensiva na Faixa de Gaza de dezembro e janeiro passados.

Desde o início, Israel se recusou a cooperar com a investigação liderada pelo jurista sul-africano Richard Goldstone, por considerar que sua orientação era "claramente parcial" e que "ignorava os milhares de ataques de mísseis do Hamas contra civis no sul de Israel que fizeram necessária a operação em Gaza", argumentou o Ministério de Assuntos Exteriores israelense em comunicado.

"Apesar das reservas, Israel lerá o relatório com atenção, como faz com todos os relatórios preparados por organizações nacionais e internacionais", acrescentou.

Fontes da diplomacia israelense asseguraram à Agência Efe que o resultado do texto "não representa um decepção, porque não havia expectativas".

"O documento não investiga o que ocorreu antes do ataque, só analisa a resposta", lamentaram as fontes, que falaram sob condição de anonimato, em alusão aos 23 dias da ofensiva "Chumbo Fundido", que matou 1.400 palestinos, civis em sua maioria.

Em sua nota, o Ministério de Assuntos Exteriores israelense afirma que "davam legitimidade à organização terrorista Hamas e falavam por alto sobre a deliberada estratégia do Hamas de usar civis palestinos como escudo para lançar ataques terroristas".

Com quase 600 páginas, o documento foi apresentado hoje na sede das Nações Unidas em Nova York por Goldstone após meses de investigações.

"A missão concluiu que as ações ocorridas constituem crimes de guerra e possivelmente crimes contra a humanidade", disse o jurista na apresentação.

EFE   
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